O mês de maio nos convida a refletir sobre uma das figuras mais marcantes da nossa história: a mãe. Neste domingo, 11, ao celebrar o Dia das Mães, muitas mulheres se veem diante de sentimentos ambíguos — entre o amor, a gratidão e também feridas emocionais que ainda sangram em silêncio.
Nem todas cresceram com mães emocionalmente disponíveis. Muitas herdaram uma maternidade marcada pela dor, escassez afetiva e silêncio. Mas existe um caminho possível de libertação: o perdão consciente”, explica Renata Fornari, única formadora do Método Louise Hay no Brasil e criadora da abordagem Soul Self Love, em conversa com IstoÉ Gente.
Renata afirma que o perdão é um processo profundo de reconciliação com o passado e com a criança interior. “Nossas mães não podiam nos dar o que elas mesmas não receberam. Quando entendemos que somos todos vítimas de vítimas, damos o primeiro passo para nos libertar das armaduras emocionais que carregamos desde a infância.”
Essas armaduras — formas de proteção emocional construídas ainda na infância — muitas vezes nos afastam da leveza, da autenticidade e da possibilidade de viver relacionamentos saudáveis. “Ficar presa ao ressentimento é como vestir uma couraça que nos desconecta do amor. O perdão é o que abre espaço para a cura. E perdoar não é justificar o que foi feito, mas libertar-se da dor que ainda nos habita.”
Segundo Renata, olhar para a história da mãe com compaixão é um ato de coragem. “Quando investigamos o que ela viveu, como cresceu e o que aprendeu sobre o amor, podemos ampliar nossa compreensão. É uma forma de sermos donas de nós mesmas: deixar de viver aprisionadas por ausências do passado e escolher conscientemente um novo ciclo emocional.”
Neste Dia das Mães, Renata propõe um presente simbólico, mas poderoso: a escolha de ver a mãe não apenas como mãe, mas como mulher, filha, menina — com sua própria trajetória de dor e sobrevivência. “Dê a si mesma esse olhar: o da mulher adulta que já não precisa mais viver a partir da carência da menina ferida. Isso é ser dona de si.”