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Uma das primeiras agendas oficiais da comitiva brasileira à China, o encontro entre empresários do Brasil e do país asiático rendeu R$ 27 bilhões de investimentos chineses no nosso país. É o que anunciou o presidente da APEX, Agência de Promoção de Exportações, Jorge Vianna.
Nós estamos anunciando hoje R$ 27 bilhões de investimentos de grupos e empresas chinesas no Brasil. Isso nunca aconteceu. Um fato inédito. Extraordinário. 4,5% de tudo que a China importa vem do Brasil. E 25% de tudo que o Brasil importa vai da China.
A declaração foi nesta segunda-feira, após a reunião com executivos de empresas chinesas. Segundo Vianna, o fórum empresarial Brasil-China teve a participação de 20 setores da economia brasileira, além de ministros de Estado.
O presidente Lula esteve presente nos encontros empresariais e defendeu o multilateralismo e o livre comércio. Também criticou as medidas tarifárias impostas pelo presidente do Estados Unidos, Donald Trump.
Não existe saída para um país sozinho. Precisamos trabalhar juntos. É por isso que eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos Estados Unidos tentou impor ao planeta Terra no dia para noite. O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história da humanidade. O que nós queremos é o multilateralismo para que a gente possa praticar o livre comércio.
Lula destacou a liderança brasileira nos esforços pela chamada “transição energética”, com o uso, cada vez mais, da energia gerada por fontes renováveis e que não emitem gases de efeito estufa. O que, para o presidente Lula, coloca o Brasil como protagonista da “revolução energética”.
O Brasil caminha para ser um país imbatível no campo da transição energética. Poucos países do mundo terão condições de oferecer oportunidade da revolução energética como o Brasil pode oferecer. Nossa matriz elétrica já é uma das mais limpas do mundo com 90% de energia renovável. Estamos descarbonizando a matriz de transporte e mobilidade, aumentando o percentual de etanol na gasolina e de biodiesel, e também a geração de energia eólica e solar que cresce a cada ano.
O presidente Lula ainda destacou que a relação Brasil-China tem potencial de ir além da questão comercial, entre compra e venda. Outros setores também podem ser beneficiados.
Nós precisamos de compartilhar interesse na área da defesa, na área da saúde, da educação, abrir convênios com as universidades chinesas para formar matemáticos, cientistas aqui, físicos aqui, gente capaz de ajudar o Brasil a se desenvolver. Porque a parceria não pode ser comercial, ela tem que ser cultural, científica, tem que ser tecnológica, acadêmica. Os chineses podem estudar na Universidade Brasileira e os brasileiros querem vir estudar.
E nesta terça-feira, madrugada aqui no horário de Brasília, Lula vai se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping. Atualmente a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Somente entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou mais de R$ 100 bilhões em produtos como, óleos brutos de petróleo, soja e minério de ferro. Por outro lado, o Brasil importou também cerca de R$ 100 bilhões em produtos como embarcações, equipamentos de telecomunicações, máquinas e aparelhos elétricos e válvulas.

Política Anúncio foi feito durante fórum empresarial Brasil-China Brasília 12/05/2025 – 12:40 Nadia Faggiani / Liliane Farias Sayonara Moreno – repórter da Rádio Nacional Lula China segunda-feira, 12 Maio, 2025 – 12:40 3:35