O governo da China afirmou nesta segunda-feira, 12, que as negociações comerciais deste fim de semana com os Estados Unidos geraram “consensos importantes e avanços substanciais”, o que cria “condições para superar divergências e aprofundar a cooperação”. A declaração foi divulgada em um comunicado oficial do Ministério do Comércio chinês, após uma mesa-redonda com empresas do setor de comércio exterior, presidida pelo ministro Wang Wentao.
De acordo com o ministério, o encontro reuniu representantes de 12 empresas, seis câmaras de comércio e especialistas da Academia Chinesa de Pesquisa em Macroeconomia.
Wentao reconheceu que o ambiente para o setor está “particularmente complexo e severo” desde o início do ano, mas ressaltou que o comércio exterior chinês mantém “forte resiliência”.
O comunicado também voltou a criticar as tarifas impostas por Washington a produtos chineses. Wang declarou que, “diante das tarifas generalizadas e elevadas impostas pelos Estados Unidos sem justificativa”, a China respondeu com “medidas de retaliação com firmeza”, o que teria garantido a proteção de seus interesses e da “justiça internacional”, além de lhe render “respeito global”.
Para os próximos passos, o ministério afirmou que irá “implementar com rigor as diretrizes do Comitê Central”, buscando coordenar os esforços entre a economia doméstica e o comércio internacional. A pasta prometeu apoio às empresas, ajuda na abertura de mercados e “promoção do desenvolvimento estável” do setor.