Al Jazeera afirma que pode retomar suas atividades nos territórios palestinos

A Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, autorizou a rede Al Jazeera a retomar suas atividades e transmissões nos territórios palestinos, informou nesta segunda-feira (12) Walid Al-Omari, o chefe do escritório do canal catariano.

“O presidente palestino, Mahmoud Abbas, decidiu levantar a proibição imposta à rede Al Jazeera e permitir que suas equipes retomem seu trabalho nos territórios palestinos a partir de amanhã [terça-feira] de manhã”, declarou Omari em um comunicado enviado à Associação de Imprensa Estrangeira (FPA) de Jerusalém.

Uma fonte oficial palestina confirmou esta informação à AFP.

A Autoridade Palestina anunciou em 1º de janeiro que suspendia as transmissões deste canal do Catar e todas as suas atividades nos territórios palestinos, acusando-a de “interferência” e de “incitar à sedição”.

Segundo a agência de notícias oficial Wafa, a decisão se justificava pela “insistência da Al Jazeera em difundir conteúdos e reportagens caracterizadas pela desinformação”.

O meio havia denunciado esta suspensão, afirmando que ocorreu em um momento em que a Autoridade Palestina buscava “dissuadir a Al Jazeera de cobrir o agravamento dos acontecimentos nos territórios palestinos ocupados” e após “uma campanha de intimidação” contra seus jornalistas.

A Autoridade Palestina é presidida por Abbas e administra parcialmente a Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

No início de 2025, suas forças de segurança participaram durante várias semanas em confrontos com facções palestinas armadas em Jenin, ao norte da Cisjordânia.

Israel também decidiu proibir o canal no país em maio de 2024, como resultado de um longo conflito com o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se intensificou durante a guerra em curso na Faixa de Gaza.

O Exército israelense acusou várias vezes os jornalistas da Al Jazeera de serem “agentes terroristas” afiliados ao Hamas, o movimento islamista que governa Gaza e que em 7 de outubro de 2023 lançou um ataque em Israel que desencadeou a guerra.

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