Mudança em decreto pode endurecer cidadania italiana

ROMA, 12 MAI (ANSA) – O decreto-lei que limita a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue está pronto para receber nesta terça-feira (13) seu primeiro sinal verde na Comissão de Constituição do Senado da Itália.   

De acordo com fontes parlamentares, o processo avançou através da mediação feita pela coalizão da premiê Giorgia Meloni em alguns pontos do texto, principalmente sobre o requisito de ter um dos pais ou avós nascido na Itália, que não foi bem visto pelo partido ultranacionalista Liga, do vice-premiê e ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini.   

Após a reformulação do decreto, não há mais referências explícitas ao nascimento, de forma que poderá ter a cidadania reconhecida quem tiver um ascendente de primeiro (pai ou mãe) ou segundo grau (avó ou avô) que tem, ou tinha no momento da morte, exclusivamente a cidadania italiana.   

O decreto-lei está em vigor desde 28 de março, mas precisa ser aprovado pelo Parlamento em até 60 dias para se tornar definitivo – o governo de Giorgia Meloni conta com maioria confortável na Câmara e no Senado.   

Na sessão da próxima terça-feira, serão votadas as últimas emendas, e a expectativa é de que o texto vá a plenário no dia seguinte. Se for aprovado, seguirá para a Câmara. (ANSA).   

Adicionar aos favoritos o Link permanente.