Em resposta a crise, Correios anunciam plano estratégico de trabalho para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões

Na segunda-feira (12), os Correios, uma das principais estatais brasileiras, anunciaram uma série de medidas drásticas para enfrentar um prejuízo significativo de R$ 2,6 bilhão registrado no ano passado. Este valor é três vezes superior ao déficit de 2023, colocando a empresa em uma situação financeira delicada. Em resposta, a estatal decidiu suspender as férias dos funcionários até janeiro do próximo ano e reduzir a carga horária, o que resultará em uma diminuição dos salários. Além disso, a inscrição para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) será prorrogada, com a expectativa de economizar cerca de R$ 1,5 bilhão. A sede da empresa também passará por uma reestruturação, com um corte de 20% na estrutura, e o trabalho remoto será encerrado a partir de 23 de junho.

Além das medidas internas, os Correios planejam lançar novos formatos de planos de saúde, visando uma economia de 30% tanto para a estatal quanto para os empregados. Segundo a direção da empresa, o novo marco regulatório das compras internacionais, conhecido como “taxação das blusinhas”, foi um dos principais responsáveis pelos problemas financeiros enfrentados. No último ano, a estatal investiu R$ 830 milhões na renovação da frota e modernização da infraestrutura para atendimento à população de Brasília. No entanto, especialistas apontam que os desafios enfrentados pelos Correios vão além da taxação, destacando a falta de adaptação à digitalização e à concorrência do mercado.

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Analistas do setor afirmam que as medidas anunciadas são apenas paliativas e não resolverão os problemas estruturais da empresa. A estatal, que já foi um exemplo de eficiência no Brasil, precisa de uma reestruturação abrangente para recuperar sua competitividade. A privatização é vista por alguns como uma solução inevitável, dado que o setor privado possui o capital necessário para investimentos. Enquanto isso, os funcionários enfrentam incertezas, com a possibilidade de cortes salariais e demissões, enquanto empresas privatizadas têm mostrado melhorias em salários e rendimentos.

*Com informações de Luciana Verdolin 

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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