Virgínia Fonseca negou ter lucrado com as perdas de seus seguidores em empresas de apostas online nos contratos de publicidade que firmou com a Esportes da Sorte, em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o mercado das chamadas “bets” nesta terça-feira, 13.
Questionada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), a influenciadora digital disse que, além do valor contratado inicialmente — com a duração de 18 meses –, poderia receber um “adicional de 30%” caso a companhia aumentasse seus lucros a partir da divulgação. “Em momento algum, [receberia] sobre perdas dos meus seguidores“, afirmou Virgínia.
+Ação da PF mira empresários e laranjas em esquemas de compras de sentenças do STJ
Com mais de 53 milhões de seguidores nas redes sociais, a apresentadora do SBT ainda produz conteúdos para a Blaze e depôs na condição de testemunha sobre a influência na popularização das bets no país.
A revista Piauí revelou, em janeiro de 2025, que o contrato assinado com a Esportes da Sorte previa que Virgínia recebesse 30% do valor perdido pelos apostadores que acessassem o site por meio dos links divulgados em seus perfis — uma espécie de “retorno sobre perdas”.
Em agosto de 2024, um estudo da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) mostrou que 63% dos apostadores digitais brasileiros comprometeram sua renda familiar com a atividade. No mês seguinte, o Banco Central revelou que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas no mês. O presidente Lula (PT) sancionou, em janeiro de 2024, uma lei para regular o funcionamento de companhias do ramo no Brasil.