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Os fatores que pressionam a inflação seguem aquecidos e, por isso, os juros devem seguir altos no Brasil. Essa é a avaliação do Comitê de Política Monetária do Banco Central. A ata da última reunião, em que a taxa básica de juros subiu para 14,75%, foi publicada nesta terça-feira (13).
Segundo o documento, a atividade econômica e o mercado de trabalho seguem aquecidos, apesar de “uma incipiente moderação no crescimento”, o que aumenta o consumo.
Para o Copom, esfriar esse movimento é importante para reequilibrar oferta e demanda e levar a inflação à meta de 3%, com tolerância de 1,5 para cima ou para baixo. Em abril, ela chegou a 5,53% no acumulado de doze meses, de acordo com o IBGE.
A ata também mostra a necessidade de reformas estruturais e da disciplina fiscal por parte do governo federal para reduzir o custo da desinflação.
O professor de economia da PUC do Rio Grande do Sul, Adalmir Marquetti, acredita que a taxa de juros já está reduzindo o ritmo da economia, mas que deve haver mais um aumento da Selic na próxima reunião do Comitê.
O professor Adalmir Marquetti acredita que a meta de inflação de 3% é muito baixa.
Já o Copom não definiu o próximo passo. O cenário de incerteza e o ciclo de ajuste avançado exige “cautela” e “flexibilidade” para incorporar novos dados sobre a inflação.
As políticas tarifárias dos Estados Unidos são outro ponto de dúvida, segundo a ata. Tanto em relação as próprias ações do governo americano, quanto as respostas dos outros países.

Economia Disciplina fiscal do governo pode reduzir custo da desinflação Brasília 13/05/2025 – 15:19 Roberta Lopes / Liliane Farias Gabriel Brum – repórter da Rádio Nacional Copom Taxa Selic Inflação terça-feira, 13 Maio, 2025 – 15:19 2:13