Guga chora ao entrar para o Hall da Fama do COB e homenageia atletas paralímpicos

Gustavo Kuerten, o Guga, já foi número 1 do mundo do tênis e viveu muitas emoções em quadra. Aposentado desde 2008, ele ainda se emociona com o esporte. Foi assim nesta terça-feira, quando entrou para o Hall da Fala do COB, ao lado da judoca Edinanci Silva e da ginasta Daiane dos Santos. Afrânio Costa, do tiro com alvo e primeiro medalhista da história do Brasil, recebeu homenagem póstuma.

Guga começou a chorar quando lembrou da morte do pai, o missionário e tenista amador Aldo Kuerten, que sofreu um ataque cardíaco enquanto apitava um jogo de juniores, em 1985. Gustavo tinha apenas 8 anos.

“Minha mãe nos ensinou a seguir em frente. Fomos caminhando aos trancos e barrancos. Minha vó fazia tudo nos mínimos detalhes”, disse ao gravar as mãos para o Hall da Fama.

O tricampeão de Roland Garros também lembrou do irmão Guilherme, que sofreu um dano cerebral irreversível ao nascer e viveu como limitações físicas e mentais até morrer em 2007, vítima de parada cardiorrespiratória. “O Gui trazia a humildade, a simplicidade de que tudo era muito bom. Isso foi moldando as nossas vidas”, comentou Guga.

Por isso, ao ser homenageado, fez questão de valorizar os atletas paralímpicos, como os nadadores Clodoaldo Silva e Daniel Dias. “Quero agradecer a todos os paratletas. Clodoaldo, Daniel Dias, exemplos de superação constante. Temos uma aproximação familiar enorme.”

O ex-tenista mandou, ainda, uma mensagem para os atletas que continuam na ativa. “Aproveitem em todos os momentos possíveis. Valorizem a capacidade de inspirar as pessoas.”

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