A indústria de aplicativos de entrega ainda aguarda mais detalhes sobre os planos da chinesa Meituan para o Brasil — como a seleção de cidades em que irá operar — para fechar posição sobre o tema, mas já preveem ganhos de concorrência no setor com a chegada da empresa.
Durante a viagem da comitiva do governo brasileiro à China, a companhia anunciou que abrirá operações no Brasil e investirá nos próximos anos US$ 1 bilhão (ou R$ 5,6 bilhões). A Meituan vai operar no país sob a marca de sua subsidiária global Keeta, também presente em Hong Kong e na Arábia Saudita.
Representantes do setor no Brasil disseram que o incremento da concorrência será saudável e avaliaram como “significativo” o montante a ser investido. Mas destacaram que a avaliação final depende dos detalhes da operação.
Também avaliaram que o governo Lula — com o qual não raramente tem rusgas — “cumpre seu papel” ao atrair estes investimentos ao país. Um dos representantes disse desconhecer reclamações no setor pela atenção dada pelo Planalto à empresa chinesa, ventiladas ao longo da semana.
A Keeta fala em lançar oficialmente seu serviço de entrega no Brasil nos próximos meses e já começou a contratar: seu portal oferece cerca de 50 vagas no país, de diretor e gerente a engenheiros e operadores. A empresa conta com cerca de 770 milhões de usuários ativos só na China.
O setor celebra um movimento de investimentos nos últimos meses que vai além da Meituan. Em abril, a 99 anunciou aporte de cerca de R$ 1 bilhão, para a expansão de sua plataforma de serviços. A expansão vai abrigar também a futura 99Food, de entregas de comida.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Apps de entrega preveem setor mais concorrido com chegada de chineses no site CNN Brasil.