Os preços ao produtor nos Estados Unidos tiveram queda inesperada em abril, uma vez que o custo dos serviços teve o maior recuo desde 2009, pressionado pela demanda fraca por viagens aéreas e acomodações em hotéis.
O índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,5% no mês passado, após estabilidade em março em dado revisado para cima, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (15).
Economistas consultados pela Reuters previram alta de 0,2% do índice, depois de queda de 0,4% relatada anteriormente em março. Nos 12 meses até abril, o os preços ao produtor aumentaram 2,4%, de 3,4% em março.
A política comercial protecionista do presidente dos EUA, Donald Trump, a repressão à imigração, bem como as referências ao Canadá como o 51º Estado e o desejo de adquirir a Groenlândia contribuíram para uma queda acentuada nas viagens turísticas, prejudicando as vendas de passagens aéreas e as reservas de hotéis.
Os preços dos serviços no atacado caíram 0,7%, a maior queda desde que o governo começou a acompanhar essa série em dezembro de 2009, depois de aumento de 0,4% em março.
Um recuo de 1,6% nos serviços comerciais, que medem as mudanças nas margens recebidas pelos atacadistas e varejistas, foi responsável por mais de dois terços da queda dos custos nos serviços.
Os preços de quartos de hotéis caíram 3,1%, após recuo de 0,5% em março. As taxas de administração de portfólio caíram 6,9%, enquanto as tarifas aéreas recuaram 1,5%.
As taxas de administração de portfólio, as acomodações em hotéis e as tarifas aéreas estão entre os componentes que entram no cálculo do núcleo do índice de preços PCE, uma das medidas de inflação monitoradas pelo Federal Reserve para sua meta de 2%.
Os mercados financeiros esperam que o banco central dos EUA retome os cortes da taxas de juros em setembro, embora alguns economistas acreditem que o Fed possa esperar até dezembro.
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