O ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou seu descontentamento com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a ação penal do deputado Alexandre Ramagem, argumentando que a mesma medida deveria ser aplicada a ele. Bolsonaro sustenta que ambos estão envolvidos no mesmo processo, que diz respeito a crimes de tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022. No entanto, o ex-presidente não forneceu detalhes adicionais sobre sua linha de raciocínio. Ramagem foi alvo de uma operação em 2024, que revelou uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades enquanto ele era diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIM) durante o governo de Bolsonaro.
Além disso, Bolsonaro questionou a decisão do STF de julgar a ação penal na primeira turma, defendendo que o julgamento deveria ocorrer no plenário com todos os 11 ministros. De acordo com o STF, uma emenda ao regimento interno estabeleceu que as turmas são competentes para apreciar inquéritos e ações penais. Em entrevista, Bolsonaro expressou esperança de que o recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Hugo Mota, seja aceito pelo STF. Mota argumenta que os crimes pelos quais Ramagem é acusado estão conectados, e a suspensão do processo deve abranger todas as acusações, um discurso semelhante ao de Bolsonaro.
Apesar das controvérsias, Bolsonaro declarou ser pré-candidato à presidência em 2026, mesmo após ser declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023. A inelegibilidade foi devido a abuso de poder político e econômico, após ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Questionado sobre apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, Bolsonaro evitou o assunto, mas destacou que sua esposa, Michele Bolsonaro, e seu filho, Eduardo Bolsonaro, aparecem bem em algumas pesquisas. Ele afirmou que, ao apontar um nome antecipadamente, poderia perder influência na articulação da candidatura de direita.
*Com informações de André Anelli
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*Reportagem produzida com auxílio de IA
