Poucas horas depois de admitir a derrota na disputa por uma vaga no Senado das Filipinas, nesta quinta-feira, o pugilista Manny Pacquiao, 46 anos, anunciou seu retorno aos ringues. A lenda do boxe vai abandonar uma aposentadoria de quatro anos, em julho, para disputar o cinturão dos meio-médios do WBC (Conselho Mundial de Boxe) com o norte-americano Mario Barrios, atual detentor do cinturão, em Las Vegas.
“O retorno coincide com sua entrada no Hall da Fama Internacional do Boxe em junho, coroando um legado esportivo histórico que continua a inspirar milhões de filipinos”, anunciou o comunicado divulgado pela equipe de Pacquiao à imprensa. Ele se juntará ao Hall da Fama de Canastota, Nova York, como um dos boxeadores mais condecorados da história.
Logo após anunciar a aposentadoria, em 2021, Pacquiao foi senador da Filipinas entre 2016 e 2022. Em seguida, ele tentou concorrer à presidência nas eleições de 2022, mas não obteve sucesso. Nas eleições realizadas na segunda-feira, o pugilista disputou novamente uma vaga no Senado, mas terminou em 18º lugar – os 12 primeiros colocados foram eleitos.
No comunicado, Pacquiao agradeceu aos eleitores, inclusive os que não votaram nele, por terem feito “parte do processo de fortalecimento da nossa democracia” e disse que continua comprometido em servir o país. “A luta continua. O serviço continua. Por Deus. Pelo país. Por cada filipino”, acrescentou.
Considerado uma das lendas do boxe, Manny Pacquiao foi campeão mundial em oito categorias, do peso-mosca ao super-médio, e detém um respeitável cartel de 62 vitórias, sendo 39 por nocautes, oito empates e duas derrotas. Seu adversário, Mario Barrios, manteve o cinturão dos meio-médios do Conselho Mundial de Boxe com um empate contra Abel Ramos em novembro passado, no Texas.