Moedas globais: Dólar recua após inflação abaixo do esperado reforçar apostas em corte de juros

O dólar perdeu força frente às principais moedas globais nesta quinta-feira, 15, à medida que novos dados mostraram inflação moderada e desaceleração da atividade econômica nos Estados Unidos, reforçando as expectativas de redução de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste ano.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,16%, a 100,879 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar caía para 145,61 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1184 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3306

O índice de preços ao produtor (PPI, pela sigla em inglês) dos EUA mostrou deflação em abril na comparação mensal, contrariando expectativas de alta. As vendas no varejo americano subiram menos do que o esperado. Já os pedidos de auxílio-desemprego no país ficaram estáveis, assim como a produção industrial de abril em relação a março.

Após os preços ao consumidor e ao produtor, o índice de gastos com consumo (PCE), principal indicador de inflação do Fed, deve mostrar desaceleração para 2,5% em abril, ante 2,6% em março, na leitura núcleo de 12 meses, escreve Samuel Tombs, da Pantheon.

O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ajudou a sustentar a queda do dólar. Powell afirmou que os EUA podem enfrentar choques de oferta mais frequentes e duradouros, exigindo uma revisão da estratégia de política monetária.

O euro pode subir para US$ 1,20 em 12 meses, dados os desafios estruturais enfrentados pelo dólar, afirma o analista do Danske Bank, Mohamad Al-Saraf. Mudanças significativas nas políticas americanas e europeias, a contínua incerteza comercial e sinais emergentes de rotação de capital para fora dos EUA deixam o dólar em considerável desvantagem, diz ele.

Chris Turner, analista do ING, acredita que a libra esterlina também pode se fortalecer, com potencial para alcançar US$ 1,34 no curto prazo, à medida que o dólar se mostra vulnerável e o Reino Unido busca estreitar laços com a União Europeia.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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