O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, em despacho assinado em 14 de maio de 2025, que um inquérito conduzido pela Polícia Civil de São Paulo e em tramitação na 1ª Vara de Caieiras (SP) seja remetido à Suprema Corte.
A decisão atende a um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defende a avocação do caso — isto é, que ele passe a ser conduzido por uma instância superior.
Segundo a PGR, a apuração tem “evidente conexão” com investigações já acompanhadas pelo STF.
O inquérito trata do vazamento de mensagens de WhatsApp envolvendo ex-funcionários do STF, entre eles Eduardo de Oliveira Tagliaferro, que atuou como assessor especial de Moraes.
Em seu despacho, o ministro afirma: “Considerando a evidente conexão entre as investigações, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino ao Juízo da 1ª Vara da Comarca de Caieiras/SP que encaminhe a esta Suprema Corte, no prazo de cinco dias, os autos do Inquérito Policial nº 1500136-22.2025.8.26.0106. À Secretaria Judiciária para as providências cabíveis”.
Em depoimento prestado à Polícia Civil paulista, Tagliaferro disse que recorria ao policial civil Leandro Bizarro Bjorklund para realizar “pesquisas” sobre pessoas.
Segundo ele, os pedidos eram feitos verbalmente pelo então presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e pelo chefe de sua segurança, capitão Wellington Macedo.
Outro inquérito, porém, que trata da apreensão do celular de Tagliaferro, não foi avocado e segue em instância inferior.
A CNN procurou o STF e aguarda resposta.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Moraes remete ao STF caso de vazamento de mensagens de ex-assessor no site CNN Brasil.