Sesc Amazônia das Artes abre exposições no Maranhão e no Tocantins

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O Sesc Amazônia das Artes é um evento realizado todos os anos, em forma de mostras gratuitas, que promove um intercâmbio de produções e criações artísticas no cenário cultural dos estados da Amazônia Legal e do Piauí, com espetáculos e capacitação em artes cênicas, música, teatro, circo, dança, audiovisual, literatura e artes visuais. Este ano, dez grupos culturais vão se apresentar pelo país nos meses de setembro e outubro.

Duas exposições, no entanto, foram abertas para visitação nesta quinta-feira (15), antecipando parte da programação do Sesc Amazônia das Artes 2025, nos estados do Maranhão e do Tocantins.

Em Palmas, a galeria Sesc de Artes, no Centro de Atividades Norte, recebe, até o dia 30 de junho, a exposição “Imaginando a Encantaria”, do artista visual, desenhista e pesquisador maranhense, Waldeir Brito. O artista utiliza o personagem “Andarilho” para costurar um elo entre as 20 ilustrações que materializam um mundo fantástico inspirado pela cultura de encantados, que estão presentes no Tambor de Mina, no Terecô e na Cura e Pajelança, criando assim uma narrativa visual da cultura ancestral e folclórica maranhense.

Waldeir acredita que seus trabalhos podem ajudar o visitante da exposição a entender melhor a ligação dos encantados com as manifestações culturais do Maranhão:

“As festas que são feitas em terreiros com bois, os chamados ‘bois de encantados’, a Festa de São Gonçalo, os tambores de crioulas que tem em São Luís, em outros locais do Maranhão, sempre têm a influência dos encantados. A peça que simboliza o boi no Bumba meu Boi, aquele brinquedo, aquele boneco, geralmente, classicamente, era preto com uma estrela na testa, possivelmente em referência ao Rei Sebastião, que é um encantado lá de Cururupu e que faz parte do Tambor de Mina, do Terecô, da Cura”.

Nessa troca de saberes que o Amazônia das Artes propõe, parte da cultura tocantinense chega, também nesta quinta-feira, a São Luís do Maranhão por meio do olhar do repórter fotográfico e documentarista Emerson Silva. O paulista radicado em Palmas inaugura, na Sala Sesc de Exposições, na capital maranhense, uma coletânea fotográfica a respeito do povo Krahô, etnia indígena localizada na região Nordeste do estado do Tocantins.

As imagens da exposição “Festa do Peixe e da Lontra – Histórias do Povo Krahô” são registros feitos por Emerson durante uma pesquisa feita por ele na reserva indígena na aldeia Manoel Alves Pequeno, durante esta que é uma celebração milenar.

A vivência com o povo Krahô também gerou um documentário e o livro de mesmo nome, em edição bilíngue português/Krahô, com fotos, ilustrações e textos, no qual estão reunidos histórias, mitos e lendas que fazem parte da cosmologia dessa etnia indígena.

Os trabalhos de Emerson Silva ficam em exposição também até 30 de junho.

Cultura Evento promove intercâmbio de produções e criações artísticas São Luís 15/05/2025 – 17:47 Nádia Faggiani / Rafael Guimarães Madson Euler – Repórter da Rádio Nacional Sesc Amazônia das Artes Maranhão Tocantins quinta-feira, 15 Maio, 2025 – 17:47 3:15

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