Saiba quem é Tuta, suspeito de ser substituto de Marcola no PCC preso pela PF

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi preso na sexta-feira, 16, durante uma ação da Polícia Federal, em conjunto com as autoridades bolivianas, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ele é apontado como substituto de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, no comando do PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com o MPSP (Ministério Público de São Paulo), Tuta passou a ocupar uma posição de liderança na facção criminosa após a transferência de Marcola para um presídio federal, em 2019. Atualmente, ele não tem mais o mesmo status, mas ainda assim é considerada uma figura importante no PCC.

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Marcos Roberto também atendia pelos codinomes Angola, Africano, Marquinhos, Tá bem, Boy e Gringo. Ele era considerado foragido desde 2020, após passar a tomar decisões estratégicas da facção, como fluxo de caixa e levantamento de informações de autoridades, segundo o MPSP.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ligado ao MPSP, deflagrou a Operação Sharks, em 2020, que tinha como objetivo prender Tuta, mas os agentes não obtiveram sucesso. No ano de 2023, a segunda fase da ação mirou “laranjas” que supostamente atuavam diretamente com Tuta.

Então o nome de Marcos Roberto de Almeida foi incluído na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, e foi com base nisso que as autoridades bolivianas conseguiram identificar o suspeito. No primeiro momento, ele apresentou uma identidade boliviana falsa com o nome de Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971.

Segundo a PF, até a noite de sexta-feira, o suspeito permanecia sob custódia das autoridades bolivianas e aguardava os procedimentos legais para extradição ao Brasil.

Tuta chegou a ser detido em 2006 durante uma abordagem em Guarulhos, São Paulo, e teria oferecido R$ 50 mil aos policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) para que não fosse levado a uma delegacia. Ele foi condenado a 23 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), roubo qualificado, ameaça, cárcere privado, uso de documento falso, falsificação de documento público, corrupção ativa e dano qualificado, mas deixou o presídio em 2014, devido à progressão de pena para o regime aberto.

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