A Fórmula 1 segue para a Europa neste fim de semana para o Grande Prêmio da Emília-Romagna, sétima etapa do calendário 2025.
O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, ficou eternizado na história da Fórmula 1 não apenas por sua velocidade e curvas desafiadoras, mas pelas tragédias que redefiniram os rumos da categoria.
Em 1994, o circuito foi palco de um dos finais de semana mais trágicos do automobilismo: as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, em dois acidentes fatais que marcaram para sempre o esporte.
Acidentes em Ímola
O primeiro grave acidente ocorreu na sexta-feira, dia 29 de abril, durante um treino. O brasileiro Rubinho Barrichello, piloto da Jordan, perdeu o controle do carro, passou por cima de uma zebra e se chocou com violência contra uma barreira de pneus. O piloto recebeu atendimento médico, mas sofreu poucas escoriações e um nariz quebrado.
No sábado, 30 de abril, o austríaco Roland Ratzenberger bateu na curva Villeneuve após a asa dianteira do carro se soltar e fazer o austríaco perder o controle do carro. A colisão violenta contra o muro, a mais de 300 km/h, resultou em lesões fatais. A morte foi confirmada no mesmo dia, poucas horas depois do acidente.

No dia seguinte, Ayrton Senna liderava a corrida — chamada de Grande Prêmio de San Marino na época — até perder o controle de sua Williams, na curva Tamburello, e se chocar violentamente contra o muro de proteção.
Preocupado diante dos acidentes, o piloto cogitou boicotar a prova italiana, mas foi convencido a correr.
A confirmação da morte veio horas depois. Às 13h05 (de Brasília), os principais meios de comunicação do país informaram o falecimento do tricampeão mundial de Fórmula 1.
Mudanças feitas no circuito
O impacto dessas tragédias foi imediato. Pela primeira vez, o traçado de Ímola foi modificado. As curvas Tamburello e Villeneuve foram redesenhadas com áreas de escape ampliadas, barreiras de proteção adicionais e redução de velocidade.
A Variante Bassa, onde Barrichello se acidentou, foi extinta.
A partir de 1995, a FIA intensificou as inspeções no circuito e exigiu diversas melhorias estruturais. As fatalidades em Ímola também aceleraram o desenvolvimento de tecnologias fundamentais para a segurança dos pilotos, como o hans (suporte para cabeça e pescoço) e, anos depois, o halo (estrutura de proteção feita de titânio, instalada acima do cockpit dos carros, usada para proteger o piloto em caso de colisões).

Mesmo com os investimentos, o circuito de Ímola deixou o calendário oficial da Fórmula 1 em 2006, após o fim do contrato.
O retorno só veio em 2020, em meio à pandemia da covid-19, rebatizado como Grande Prêmio da Emília-Romagna.
Onde assistir ao GP da Emília-Romagna
- Streaming: F1 TV
- TV: Band e Bandsports
Ficha técnica do GP da Emília-Romagna
Sexta-feira, 16 de maio
- 8h30 – Treino livre 1
- 12h – Treino livre 2
- 7h30 – Treino livre 3
- 11h – Classificação
Domingo, 18 de maio
- 10h – Corrida do Grande Prêmio da Emília-Romagna
Este conteúdo foi originalmente publicado em Tragédias em Ímola transformaram a segurança na Fórmula 1 no site CNN Brasil.