
Neste domingo (18), a Praça São Pedro, no Vaticano, foi palco de um evento histórico: a missa de entronização do papa Leão XIV, marcando oficialmente o início de seu pontificado. Embora ele já tenha assumido formalmente as funções desde 8 de maio, a cerimônia simbolizou o começo de sua liderança na Igreja Católica. Durante a missa, papa destacou a importância de preservar a tradição católica e expressou sua intenção de combater a modernidade que, segundo ele, muitas vezes tenta se impor sobre os valores da Igreja. Em sua homilia, ele também criticou o sistema econômico global, ecoando a luta do Papa Francisco por justiça social e defendendo a proteção dos recursos naturais e dos mais pobres.
A cerimônia atraiu milhares de fiéis à Praça São Pedro, que testemunharam a entrega de símbolos litúrgicos importantes ao novo papa, como o pálio papal e o anel do pescador. Em seu discurso, o papa Leão XIV enfatizou que não deseja ser uma figura centralizadora na Igreja, mas sim promover uma visão sinodal, com a participação ativa de todos os fiéis e cardeais. A presença de diversos chefes de Estado, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o rei Felipe VI da Espanha, e os vice-presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, JD Vance e Geraldo Alckmin, respectivamente, destacou a importância global do evento.

Um detalhe curioso da missa foi o uso de incenso brasileiro, produzido pela empresa Milagros Incenso, de São João da Boa Vista, interior de São Paulo. A empresa mantém uma relação com o Vaticano desde 2007, quando o Papa Bento XVI visitou o Brasil e apreciou os incensos locais. Para a missa de entronização, foram entregues duas versões exclusivas do incenso, uma mais intensa e outra mais suave. O diretor da empresa, Martinho Rocha, expressou sua expectativa positiva quanto ao uso do produto na cerimônia. O incenso, além de seu significado litúrgico, simboliza a conexão entre o terreno e o divino, e sua presença na missa destacou a contribuição brasileira para o evento.