Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) mostra que 853 unidades de Atenção Primária, que inclui clínicas da família e centros municipais de saúde, foram impactadas pela violência de alguma forma no primeiro trimestre de 2025.
Segundo a SMS-Rio, 263 precisaram suspender totalmente o funcionamento pela falta de segurança. Em outros 590 episódios houve interrupção parcial das atividades. Os números significam que, em média, cerca de nove unidades sofreram alteração por dia.
Um dos casos mais recentes foi durante a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que terminou com a morte do chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Na última terça-feira (13), quatro unidades de saúde interromperam o funcionamento ou as atividades externas na região.
Já a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 300 unidades escolares foram impactadas pelo menos uma vez desde o início do ano até o último dia 9. Na mesma operação no Complexo da Maré, 45 escolas foram afetadas.
Segundo Instituto Fogo Cruzado, que mapeia a violência armada no Rio, nos últimos dois meses, 373 tiroteios foram registrados no Rio de Janeiro, sendo 96 com mortes. 159 aconteceram durante operações policiais. 120 civis e nove agentes de segurança perderam a vida durante as ocorrências.
A CNN procurou a Polícia Militar e a Polícia Civil e aguarda posicionamento sobre o assunto.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Mais de 800 unidades de saúde do Rio foram afetadas pela violência urbana no site CNN Brasil.