VATICANO, 18 MAI (ANSA) – O papa Leão XIV recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acompanhado de sua esposa Olena Zelenska, no Vaticano, na manhã deste domingo (18), após a missa que inaugurou seu pontificado.
O encontro ocorreu na Sala Paulo VI, que fica atrás do Salão Nervi. A escolha do local provavelmente se deve ao fato de que o Palácio Apostólico está prestes a passar pelas obras de reforma realizadas a cada nova eleição.
Durante a audiência privada, os dois líderes realizaram a tradicional troca de presentes. Até o momento, nenhum comunicado oficial sobre o conteúdo discutido foi divulgado.
Zelensky, porém, publicou uma mensagem em seu perfil no X para expressar sua gratidão “pelas palavras especiais proferidas” pelo papa Leão XIV sobre a necessidade de uma paz justa e pela atenção dada ao seu país e ao seu povo.
“Toda nação merece viver em paz e segurança. Parabéns pelo início desta missão tão especial. Que as orações por uma paz justa e uma vida digna para todos sejam ouvidas”, escreveu ele, que deixou o Vaticano após duas horas.
Mais cedo, Robert Francis Prevost citou a “martirizada Ucrânia” na recitação da oração Regina Coeli, na Praça São Pedro, e fez um apelo por uma “paz justa e duradoura”.
Nos últimos dias, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, já havia dito que Leão XIV pretende “eventualmente, colocar a Santa Sé à disposição para um encontro direto” entre a Ucrânia e a Rússia.
Zelensky e o pontífice norte-americano conversaram pela primeira vez por telefone, no dia 12 de maio. Na ocasião, o presidente convidou Leão XIV para visitar seu país, em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022, uma viagem “que traria verdadeira esperança a todos os fiéis, a todo o nosso povo”.
No comunicado, o chefe de Estado reforçou que aprecia “profundamente as palavras” do Leão XIV sobre “a necessidade de alcançar uma paz justa e duradoura” para o território ucraniano e de libertar os prisioneiros.
Durante a ligação, os líderes também discutiram sobre as milhares de crianças ucranianas deportadas da Rússia, e Zelensky disse que conta com a ajuda do Vaticano para devolvê-las às suas famílias. (ANSA).