A cantora pop Dawn Richard, 41, deve retornar ao banco das testemunhas no julgamento de tráfico sexual de Sean “Diddy” Combs, 55, na segunda-feira (19), depois de dizer a um júri na semana passada que viu o magnata do hip-hop abusar física e emocionalmente de sua então namorada por anos.
Richard, ex-integrante do grupo pop Danity Kane, descreveu um incidente na casa de Combs em Los Angeles em 2009, quando disse que Combs espancou sua então namorada Casandra Ventura, 38, e a arrastou pelas escadas pelos cabelos. Richard então disse que ouviu vidros quebrando e gritos.
Richard testemunhou que Combs ligou para ela e outras pessoas que testemunharam a suposta agressão no estúdio no dia seguinte, deu-lhes flores e disse que suas carreiras seriam prejudicadas se eles denunciassem o incidente.
O rapper se declarou inocente de cinco acusações criminais de conspiração de extorsão, tráfico sexual e transporte para fins de prostituição. Ele está detido desde setembro em uma prisão no Brooklyn quando não está no tribunal. Se condenado por todas as acusações, ele pode pegar de 15 anos à prisão perpétua.
Cassie disse em quatro dias de depoimento na semana passada que Combs a coagiu e chantageou para participar de dias de festas sexuais movidas a drogas que ele chamava de “Freak Offs”, que estão no centro do caso da acusação.
Principal testemunha da acusação, ela disse que sofreu anos de abuso físico e emocional durante seu relacionamento tumultuado.
Ventura, que está em estágio avançado de gravidez de seu terceiro filho e concluiu seu depoimento na semana passada, disse aos jurados que Combs a estuprou em agosto de 2018 em sua casa depois que eles terminaram.
“Eu só me lembro de chorar e dizer não, mas foi muito rápido”, disse ela na semana passada, enquanto sua voz falhava.
Um advogado representando Combs na sexta-feira procurou enfraquecer a alegação de estupro de Ventura, mostrando aos jurados mensagens de texto indicando que Ventura teve relações sexuais consensuais com Combs um mês após o suposto estupro.
O julgamento no tribunal federal de Manhattan, que atraiu intensa cobertura da mídia devido à riqueza e influência imponente de Combs na indústria musical, pode durar até dois meses.
Combs, anteriormente conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, fundou a Bad Boy Records e é creditado por ajudar a transformar artistas como Mary J. Blige, Faith Evans, Notorious B.I.G. e Usher em estrelas nos anos 1990 e 2000.
Parte do caso criminal decorre da ação civil de Ventura contra Combs em novembro de 2023. Ela testemunhou que ele concordou após 24 horas em fechar um acordo por US$ 20 milhões (cerca de R$ 115 milhões).
Richard entrou com uma ação civil contra Combs alegando que ele a sujeitou a condições de trabalho desumanas, incluindo apalpamentos e agressões. A ação diz que Richard viu Combs espancar brutalmente Ventura em muitas ocasiões.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Saiba o que esperar do julgamento de Sean “Diddy” Combs nesta segunda (19) no site CNN Brasil.