
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (19) a suspensão parcial do bloqueio de ajuda humanitária a Gaza, que estava em vigor desde março. A decisão foi tomada sob pressão internacional e, segundo Netanyahu, foi motivada por “razões diplomáticas”. Com isso, caminhões carregados de suprimentos, como farinha e óleo, começaram a entrar na região.
A situação em Gaza se tornou crítica, com 2,3 milhões de pessoas enfrentando sérios problemas de fome. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou sobre a crise, destacando que muitos estão “morrendo de fome” no território. A preocupação com a situação humanitária levou senadores americanos a expressarem inquietação, temendo que as imagens de sofrimento possam afetar o apoio a Israel.
O anúncio de Netanyahu ocorreu após tentativas de negociações indiretas entre Israel e Hamas no Qatar não terem avançado. O primeiro-ministro reafirmou a determinação de Israel em controlar todas as áreas de Gaza, buscando uma “vitória completa” que inclua a libertação de reféns e a erradicação do Hamas.

Enquanto isso, as forças armadas israelenses iniciaram uma nova ofensiva, emitindo alertas para que os moradores de Khan Yunis deixassem a área. Nos últimos dias, ataques aéreos resultaram na morte de pelo menos 52 palestinos, e o número total de mortos em confrontos desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, já ultrapassa 53 mil, a maioria civis. A situação levou ao deslocamento quase total da população de Gaza, que enfrenta uma crise humanitária sem precedentes.
*Reportagem produzida com auxílio de IA