Governo já esperava e tinha planejamento para conter caso de gripe aviária

O trabalho de contenção de danos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) diante da confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil foi elogiado tanto pelo governo quanto por setores da oposição.

A avaliação dentro do governo é de que, apesar da confirmação da presença do vírus em uma criação comercial, o ministério já estava preparado para a situação.

O vírus da gripe aviária não é novidade: já havia sido detectado em outras regiões do mundo, como Ásia, África e norte da Europa. No próprio Brasil, ele já havia sido identificado em aves silvestres e de subsistência.

Na Europa, apenas em 2025, mais de 200 casos foram registrados.

A percepção no Mapa era de que seria apenas uma questão de tempo até que a gripe aviária chegasse também a uma criação comercial brasileira.

O ministério já vinha elaborando medidas de precaução. Desde 2023, o governo dá uma atenção especial para o assunto.

Foram assinados acordos de regionalização com países como Japão, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas – mercados importantes para a balança comercial do setor.

O acordo com o Japão, por exemplo, foi assinado em março.

Esses acordos permitem a regionalização de eventuais suspensões nas exportações, o que ajuda a evitar impactos econômicos mais amplos aos produtores.

Segundo o ministério, todas as ações previstas no plano de contingência estão sendo executadas com eficiência. Na zona de emergência, as inspeções seguem em ritmo acelerado e quase todas as propriedades já foram vistoriadas. Até o momento, apenas duas novas suspeitas foram registradas, sem qualquer impacto comercial no momento.

Além disso, alguns dos países que têm acordos com o Brasil para regionalizar restrições, como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas, ainda não formalizaram nenhum contato oficial com o governo federal. Com isso, as exportações para esses mercados continuam liberadas.

A expectativa do Mapa é de que as suspensões comerciais temporárias decorrentes do caso sejam revertidas em até 60 dias.

O trabalho conduzido pelo ministério recebeu elogios inclusive do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR). A manifestação chamou atenção, já que, neste ano, a bancada vinha mantendo distância do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, optando por tratar diretamente com outros ministérios.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo já esperava e tinha planejamento para conter caso de gripe aviária no site CNN Brasil.

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