Metade das organizações que ajudam mulheres pode fechar em seis meses

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Mulheres e meninas são as mais afetadas por crises humanitárias e morrem por problemas relacionados à gravidez, desnutrição e altas taxas de violência sexual.

Mas de acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela ONU Mulheres, 90% das organizações que defendem os direitos desse grupo sofreram com os cortes de financiamento que atingem o setor humanitário. E quase metade pode fechar nos próximos seis meses.

Suspensão de programas, demissões e fechamento

O levantamento sobre 411 organizações lideradas por mulheres ou que atuam apoiando a população feminina em 44 locais de crise.

A redução drástica no financiamento jogou as entidades à beira do abismo. Cerca de 47% relatam que devem fechar as portas dentro de seis meses caso a situação não mude.

Mulheres carregam mantimentos de ajuda humanitária no Sudão do Sul, outubro de 2020 (Foto: Unicef/Mark Naftalin)

Além disso, 51% das instituições já foram forçadas a suspender programas, incluindo aqueles de apoio a sobreviventes de violência de gênero ou de acesso a proteção, meios de subsistência, dinheiro e assistência médica.

Cerca de 72% relatam ter sido forçadas a demitir funcionários.

Subfinanciamento crônico

A chefe de Ação Humanitária da ONU Mulheres, Sofia Calltorp, descreveu a situação como sendo “crítica”. Ela lembra que as organizações de mulheres já eram “severamente subfinanciadas” mesmo antes da recente onda de reduções.

E financiar esses grupos não é apenas uma questão de igualdade e direitos, mas também uma “obrigação estratégica”.

A ONU Mulheres destaca que as organizações afetadas pela crise de financiamento permanecem atuando com “coragem e determinação” para defender suas comunidades e reconstruir vidas. 

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