A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou sua posição a favor da manutenção da prisão do general Walter Braga Netto, que é acusado de tentar obstruir as investigações relacionadas a um suposto golpe durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde 14 de dezembro, Braga Netto está detido, sendo apontado como um dos principais envolvidos na tentativa de interferir nas apurações, especialmente ao se comunicar com o tenente-coronel Mauro Cid, que se tornou delator. A defesa do general solicitou sua libertação após ele ser formalmente acusado no Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ressaltou que o risco de interferência nas investigações ainda é significativo. “O oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão.” Braga Netto é um dos principais réus envolvidos no que é considerado o núcleo central da tentativa de golpe, que também inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes de seu governo. A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia contra esse grupo, que é composto por oito réus, em uma decisão unânime tomada em 26 de março.

Os réus do núcleo 1, que enfrentam as acusações, são figuras de destaque no governo anterior. Entre eles estão Jair Bolsonaro, que ocupou a presidência, e Walter Braga Netto, que foi ministro. Outros nomes relevantes incluem o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin. Além deles, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, também estão entre os acusados, assim como Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Mauro Cid, que é o delator do caso.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias