O quesito segurança foi apontado por 55% das pessoas como a maior preocupação nas cidades em que residem, enquanto outros 52% responderam que o tráfego intenso é um dos maiores desafios.
Os dados são de uma pesquisa da DataZAP, realizada com 971 pessoas, que mapeia a qualidade de vida no ambiente urbano entre fevereiro e março deste ano.
Segundo o levantamento, a infraestrutura pública, quantidade de pessoas em situação de rua e a desigualdade são outros fatores de insatisfação nas cidades.
Em meio a esse cenário, os brasileiros prestam atenção em alguns requisitos ao escolherem uma moradia. A DataZAP revela que o acesso a comércios e serviços é o aspecto mais valorizado quando o assunto é decidir onde morar, apontado por 52% dos entrevistados.
Já 45% responderam que lazer e opções de entretenimento são outro ponto importante. Os entrevistados também pontuaram a gastronomia e diversidade de serviços como prioridades.
Oportunidades de trabalho próximo à moradia também é uma das buscas ao se assentar em uma localidade, já que 43% trabalha presencialmente todos os dias, enquanto 23% adotam o modelo híbrido, alternando entre casa e escritório.
Mesmo assim, mais da metade das pessoas trabalha em um bairro diferente de onde mora, mas ainda dentro da mesma cidade. Já 26% permanecem no mesmo bairro tanto para morar quanto para trabalhar.
De acordo com Gabriela Domingos, especialista em Inteligência de Mercado no Grupo OLX, “as prioridades apontadas na pesquisa refletem o impacto direto do cotidiano urbano na vida dos moradores. Sendo a violência e o trânsito os maiores motivos de descontentamento das pessoas, é natural que elas valorizem viver próximas a serviços essenciais, com mais facilidade de acesso e menores deslocamentos no dia a dia”.
E o custo de vida continua pressionando a população: 56% dos respondentes consideram o custo de vida elevado ou muito elevado, considerando alimentação, moradia, transporte, educação e saúde.
O estudo ainda aponta que 41% dos participantes percebem os gastos como razoáveis.
“A percepção de custo de vida elevado aumentou nos últimos meses, influenciada por fatores macroeconômicos. No mercado imobiliário, por exemplo, as novas regras da Caixa tornaram o financiamento habitacional mais caro. Ao mesmo tempo, a alta da Selic e a redução dos recursos da poupança limitaram o crédito, pressionando ainda mais o orçamento das famílias”, afirmou Domingos.
Em abril, a inflação teve alta de 0,43%, desacelerando dos 0,56% no mês anterior, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contudo, os alimentos e a saúde continuam pressionando o bolso do consumidor brasileiro, registrando alta de 0,82% e 1,18%, respectivamente.
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