O Ministério da Fazenda anunciou mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que afetam diretamente as compras no exterior e outras operações cambiais.
As novas regras, que entram em vigor imediatamente, unificam alíquotas e aumentam a tributação em alguns casos, enquanto mantêm isenções em outros.
O objetivo do governo é “uniformizar as alíquotas, evitar distorções e contribuir para a estabilidade cambial”.
A expectativa é que as medidas gerem um aumento de arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
O que muda para o consumidor?
- Cartões de crédito, débito e pré-pago internacionais: alíquota única de 3,5% para todas as operações, incluindo compras online e físicas no exterior. Antes: o IOF chegava a 6,38% em 2022, mas vinha sendo reduzido gradativamente (5,38% em 2023 e 4,38% em 2024). Agora, todas as modalidades de cartão terão a mesma cobrança;
- Cheques de viagem e remessas para contas no exterior: passam de 1,1% para 3,5%, alinhando-se às regras dos cartões;
- Transferências para investimentos no exterior: Antes isentas, agora terão IOF de 3,5%.
O que continua sem IOF?
- Importação direta, ou seja, compras em sites internacionais com envio para o Brasil, que já pagam Imposto de Importação e ICMS;
- Passagens aéreas internacionais;
- Cartões de turistas estrangeiros no Brasil.
Impacto no bolso do consumidor
Por exemplo, uma compra de US$ 100 no exterior, feita com cartão de crédito, terá uma cobrança extra de US$ 3,50, referente ao IOF, além da conversão para o real e possíveis tarifas da operadora.
Remessas para contas próprias no exterior, como para gastos em viagens ou estudos, ficarão mais caras: antes custavam 1,1% de IOF, agora serão 3,5%.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Veja como ficam as compras internacionais com as novas regras do IOF no site CNN Brasil.