Sebastião Salgado, ícone da fotografia, morre aos 81 anos

Sebastião Salgado, considerado um dos maiores fotógrafos do mundo, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora“, diz o texto.

A causa da morte ainda foi divulgada até o final da tarde, pelo horário da França. O fotógrafo sofria de problemas de saúde crônicos relacionados à malária, doença que contraiu nos anos 1990. Neste sábado (24), Salgado ia participar do vernissage de vitrais desenhados pelo filho Rodrigo, que tem síndrome de Down, para uma igreja na cidade de Reims. No dia anterior, ele já havia cancelado um encontro para jornalistas, alegando problemas de saúde.

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Salgado percorreu mais de 120 países, com obras marcados na história da fotografia mundial, como “Trabalhadores”, “Gênesis” e “Êxodos”. Em 1980, ele se consagrou na área retratando a Serra Pelada, maior garimpo ao ar livre do mundo, em uma série de fotografias em preto e branco. Cerca de 18 anos depois, ao lado da esposa Leila, fundou o Instituto Terra, em sua luta pelo reflorestamento da Mata Atlântica brasileira e do planeta em geral. “A fotografia é o espelho da sociedade”, declarou Sebastião ao ser premiado em Londres por sua carreira, que foi concentrada nos últimos anos na proteção da natureza. Em 2024, Salgado anunciou sua aposentadoria. Em entrevista ao jornal The Guardian, o fotógrafo disse que seu corpo estava sentindo “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”.

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