
O governo federal na última quinta-feira (22) anunciou um aumento no déficit primário, destacando uma queda significativa nas receitas e um aumento nas despesas obrigatórias. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a redução de 41 bilhões de reais nas receitas líquidas em relação ao orçamento de 2025 foi atribuída à compensação insuficiente da desoneração da folha de pagamento. Além disso, as despesas obrigatórias, incluindo a Previdência Social, aumentaram em quase 37 bilhões de reais, com um acréscimo de 16 bilhões de reais em aposentadorias. O governo também alocou 7 bilhões de reais em créditos extraordinários para o Rio Grande do Sul e 2,8 bilhões de reais para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Para enfrentar o aumento das despesas, o governo anunciou medidas de contingenciamento, incluindo um congelamento de 31,3 bilhões de reais para manter a responsabilidade fiscal. Isso envolve um contingenciamento de 20 bilhões de reais e um bloqueio de 10 bilhões de reais em gastos discricionários. O relatório bimestral do Ministério da Fazenda também destacou os precatórios, que somaram 97 bilhões de reais ao déficit primário. Sem os precatórios, o déficit seria de 51 bilhões de reais. O governo está empenhado em cumprir o orçamento de 2025 e manter a responsabilidade fiscal, mas enfrenta desafios significativos nesse processo.

O relatório bimestral prevê queda de R$ 41,7 bilhões nas receitas líquidas em relação ao valor aprovado no Orçamento de 2025. Em contrapartida, estima um aumento de R$ 36,4 bilhões nas despesas obrigatórias. Ao considerar o bloqueio de R$ 10,6 bilhões, a estimativa de aumento de gastos cai para R$ 25,8 bilhões. Em relação aos gastos, os principais fatores que pressionam as despesas são a Previdência Social, com alta de R$ 16,7 bilhões em relação ao aprovado no Orçamento. Também contribuíram resíduos de R$ 7,2 bilhões de créditos extraordinários para ajuda ao Rio Grande do Sul e R$ 2,8 bilhões do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Do lado das receitas, os principais fatores foram a compensação insuficiente da desoneração da folha de pagamentos.
*Com informações de Aline Beckety
*Reportagem produzida com auxílio de IA