O câncer de pele, a neoplasia mais frequente no Brasil e no mundo, representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Diante desse cenário preocupante, especialistas ressaltam a importância do diagnóstico precoce e do autoexame regular.
No programa CNN Sinais Vitais, a dermatologista Paula Bellotti enfatiza a necessidade de estar atento a possíveis sinais da doença, como manchas, lesões ou pintas com alterações de cor, forma ou tamanho. “É fundamental que as pessoas realizem o autoexame mensalmente”, afirma a especialista.
A regra do ABCDE
Para facilitar a identificação de sinais suspeitos, os médicos recomendam a regra do ABCDE:
- A – Assimetria: quando uma metade da lesão é diferente da outra.
- B – Bordas irregulares: contornos da lesão são indefinidos ou borrados.
- C – Cor: presença de várias tonalidades em uma mesma lesão, variando do marrom ao preto, azul ou vermelho.
- D – Diâmetro: lesões maiores que 6 milímetros merecem atenção.
- E – Evolução: mudanças na aparência da lesão ao longo do tempo.
O dermatologista Marco Antônio Oliveira, do Hospital A.C. Camargo, acrescenta que feridas que não cicatrizam também são motivo de preocupação. “Lesões descamativas que não cicatrizam, que sangram ou coçam, devem ser avaliadas por um médico”, alerta.
Oliveira ressalta ainda que qualquer ferida que não cicatrize em até um mês merece atenção especial. “Muitas vezes, os pacientes relatam que parecia uma espinha que não cicatrizava. Se após um mês a lesão persistir, é hora de procurar ajuda médica”, explica.
A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para o tratamento eficaz do câncer de pele. Além do autoexame regular, os especialistas recomendam o uso diário de protetor solar, evitar a exposição ao sol nos horários de pico e usar roupas e acessórios que protejam a pele.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Dr. Kalil: Especialistas apontam quais manchas podem indicar câncer de pele no site CNN Brasil.
