Conheça quem criou o vestibular no Brasil

O Dia do Vestibulando é comemorado neste sábado (24). As provas que dão acesso às universidades são motivo de pânico entre os estudantes que estão concluindo o ensino médio. Mas, afinal, quem criou o vestibular no Brasil?

A prova foi implementada em 1911 por Rivadávia da Cunha Corrêa. Natural de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, o político nasceu em julho de 1866 e morreu em fevereiro de 1920, em Petrópolis (RJ). Na juventude, concluiu os estudos preparatórios na capital gaúcha antes de se mudar para São Paulo, onde se formaria na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em 1887.

 

Ainda durante o Império, Corrêa defendeu as causas abolicionistas e republicanas, além de ter sido membro do Clube Republicano 20 de Setembro no Rio Grande do Sul. Em 1891, após a Proclamação, foi eleito deputado estadual constituinte em São Paulo.

Em 1894, foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul pelo Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Duas vezes reeleito, seguiu posteriormente para a Câmara dos Deputados, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Lá, ficou até dezembro de 1902. Não disputou a reeleição em 1903 em razão de seu rompimento com Júlio de Castilhos, ex-presidente (cargo que hoje é equivalente ao de governador) do Rio Grande do Sul e principal líder do PRR.

Em 24 de outubro de 1903, com a morte de Castilhos, o PRR passou por uma reformulação em suas lideranças. Rivadávia Correia candidatou-se para a eleição especial de 1904. O intuito era preencher a vaga de Xavier do Vale, que falecera. O político foi eleito. Reeleito em 1906 e 1909, permaneceu na Câmara até 1910, quando renunciou para assumir o Ministério do Interior e Justiça, nomeado pelo ex-presidente Hermes da Fonseca.

O vestibular foi criado por Rivadávia nesse período. A decisão pela criação de um exame para selecionar quem entraria nas universidades públicas, segundo documentos da época, levou em consideração que o número de candidatos ao ensino superior passou a ser maior que o número de vagas ofertadas.

Até então, só tinha acesso ao ensino superior quem tivesse estudado no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ou em colégios certificados por inspetores federais como “equivalentes” à instituição fundada durante o Império.

As primeiras provas aplicadas foram escritas e orais. Ao contrário dos exames de hoje, que levam em consideração todo o currículo do ensino médio, os candidatos da época realizaram apenas as avaliações de línguas e ciências. Não havia um exame unificado por instituição. Por conta disso, cada escola fazia a sua própria prova.

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