O dermatologista Marco Antônio Oliveira, do Hospital A.C. Camargo, esclareceu os principais métodos de tratamento para o câncer de pele durante sua participação no programa CNN Sinais Vitais. Segundo o especialista, o processo inicia-se com a identificação da natureza da lesão.
O primeiro passo é realizar uma biópsia para determinar se a lesão é benigna ou maligna. “Faz uma anestesia local, retira um fragmento de pele, então fragmento da lesão, envia esse exame para o médico patologista analisar”, explicou Oliveira.
Após a análise, o patologista informa se é um câncer de pele e, em caso positivo, especifica o tipo: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular ou melanoma.
Tratamentos para carcinomas
Para os carcinomas, o tratamento é predominantemente cirúrgico. Oliveira ressalta: “Cada câncer desse tem um tanto de pele a mais em largura e em profundidade que eu devo remover para que essa cirurgia seja a garantia da cura desta lesão”.
No entanto, o especialista menciona que existem técnicas modernas alternativas:
- Radioterapia: Com doses mais adequadas e melhores resultados cosméticos e funcionais.
- Terapia fotodinâmica: realizada em consultório.
- Medicamentos tópicos: Como imiquimod e 5-fluorouracil, para uso domiciliar ou em consultório.
- Crioterapia e eletrocoagulação: técnicas com bons resultados para estágios iniciais.
Abordagem para o melanoma
O tratamento do melanoma é mais complexo e varia conforme o estágio da doença. “No melanoma a gente primeiro precisa saber qual o subtipo, qual a profundidade deste tumor e se ele continua só na pele ou se ele invadiu, se ele está com metástase loco-regional, quer dizer, na região, ou já foi sistemicamente para o indivíduo”, explicou o dermatologista.
Oliveira enfatiza que cada estágio do melanoma requer uma abordagem terapêutica específica, podendo envolver desde cirurgia localizada até tratamentos sistêmicos mais agressivos, dependendo da extensão da doença.
O especialista ressalta a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico dos pacientes com câncer de pele.