Ponte sobre o Rio Caeté no interior do Acre é interditada e pontilhão é colocado em desvio


Desvio deve ser usado enquanto é feito conserto em pilar da ponte. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) montou pontilhão e liberou a passagem na última sexta-feira (23). Ponte sobre o Rio Caeté no interior do Acre é interditada e pontilhão é colocado em desvio
A ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, em Sena Madureira, interior do Acre, foi interditada novamente na última sexta-feira (23). De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para que o fluxo não seja interrompido, um desvio foi feito e colocado um pontilhão [ponte pequena] de ferro no local. (Confira o vídeo acima)
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Em janeiro, a ponte precisou ser reaberta para passagem de veículos, menos de 48 horas após a interdição. Desta vez, o superintendente do Dnit, Ricardo Araújo, explicou que o pontilhão foi montado justamente para que a interdição permaneça até o conserto do pilar.
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“O pontilhão já está colocado agora que o rio secou e com isso a gente já está fazendo a parte de licitação para poder consertar o pilar que tinha estourado. Esse pilar vai ser provisório, que deve ser terminado lá para outubro mais ou menos e assim a gente libera todo o trânsito de volta por cima da ponte normalmente”, informou.
De acordo com Ricardo, esse reparo no pilar da ponte é para dar um espaço de tempo maior até que a licitação de uma nova ponte seja feita.
“Para o ano que vem devemos licitar um novo projeto para aquele local ali, porque aquele pilar, como eu disse, é provisório, ele tem um prazo de curto de duração. A gente vai preparar ele para poder dar tempo de nós licitarmos e fazermos uma nova ponte onde está a balsa hoje, onde está o pontilhão ou em outro local que tenha mais firmeza do solo”, explicou.
O superintendente disse que será feito um novo pilar que ficará no meio de dois pilares já existentes. “Vai resolver o problema da ponte provisoriamente. A gente fala provisoriamente pode ser de 1 até 10 anos, mas a gente quer que ganhe tempo para se fazer o projeto de uma ponte nova que vai ser uma ponte estaiada [ponte de cabos de aço] tipo aquela de Cruzeiro do Sul”, disse.
Ele ainda comentou que a licitação para o reparo deve sair ainda na próxima semana. “Vamos lançar o edital para a construção do pilar de apoio, que vai ser importante. Aí vai dar tempo para o Dnit nacional licitar uma nova ponte ou aproveitando a estrutura da ponte que já está aí”.
Imagem de drone mostra pontilhão colocado em desvio e ponte fixa sobre o Rio Caeté que está interditada
Dnit
Pontilhão
No dia 15 de abril, o Dnit já havia informado que a ponte sobre o Rio Caeté deveria ser interditada novamente. Ricardo Araújo, informou à época que estava sendo preparado um pontilhão para quando o rio secasse.
O superintendente havia dito que a ponte deveria ser interditada no mês de junho, o que aconteceu ainda em maio.
Equipes do Dnit controlam passagem de veículos sobre a ponte do Rio Caeté
Arquivo/Dnit
À época, a balsa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) havia encalhado e os motoristas ficaram sem acesso a rodovia. O superintendente ainda anunciou que a ponte deve ser totalmente liberada por volta do mês de outubro.
“Aí vai ficar o inverno todo normal, é o que a gente quer. Com isso a gente vai botar esse pontilhão para poder acelerar e não prejudicar o tráfico nem de ida nem de volta de Cruzeiro do Sul”, assegurou.
Interdição
Ponte sobre o Rio Caeté – Sena Madureira – Acre
Reprodução/Rede Amazônica Acre
A primeira interdição da ponte estava programada para o dia 18 de janeiro, mas foi adiada para testes com a balsa e novas avaliações. O acesso é importante porque liga os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, indo até Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e demais cidades do Vale do Juruá.
No dia 24 de janeiro deste ano, o acesso à ponte sobre o Rio Caeté, que fica no km 10 da BR-364, em Sena Madureira, foi interditado. Com a interdição, a travessia no Rio Caeté passou a ser feita gratuitamente por balsas com capacidade de transportar todos os tipos de veículos.
Porém, precisou ser reaberta para passagem de veículos menos de 48 horas após a interdição. Isso porque a balsa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) encalhou no dia 25 de janeiro e os motoristas ficaram sem acesso a rodovia.
Além da balsa, foi prometido que seria colocado um pontilhão nos dois lados do rio e estava sendo estudada a possibilidade do Exército ceder uma ponte metálica para carros pequenos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), cerca de mil veículos passavam pela estrutura diariamente. Com o baixo nível do rio, a travessia demora cerca de 3 minutos e meio, com os carros já estacionados. Quando o rio encher, esse percurso deve dobrar ou até triplicar o tempo de navegação.
A Portaria nº 136, de 8 de janeiro deste ano, destacou a nova movimentação no talude da margem do Rio Caeté, provocando pressão nos apoios da ponte. “Considerando o histórico e a situação atual, a ponte sobre o Rio Caeté pode comprometer a segurança no trânsito dos usuários que trafegam por esse trecho”, diz a publicação.
Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros
Jardel Angelim/Rede Amazônica
O Dnit monitora a ponte com mais intensidade desde 2022, quando foi decretada a primeira situação de emergência no local. A partir de 2023, o departamento começou a chamar os técnicos para fazer um levantamento minucioso do que estava acontecendo nessa região.
Entre setembro e novembro de 2024, a ponte andou 5 centímetros. Por esse motivo, não é possível que o reparo seja feito de forma paliativa.
O período mínimo para a construção da nova ponte deve ser de 18 meses e, segundo o Dnit, as obras devem começar em julho deste ano.
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