A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, decidiu deixar a Comissão de Infraestrutura do Senado após um desentendimento com alguns senadores, especialmente com o líder do PSDB, Plínio Valério. Durante a discussão sobre a pavimentação da BR-319, Valério fez comentários considerados ofensivos pela ministra, levando Marina a afirmar que só permaneceria na comissão se recebesse um pedido de desculpas, o que o senador se negou a fazer. A sessão em questão também contou com um debate acalorado entre Marina e o senador Omar Aziz, que abordou as dificuldades enfrentadas no licenciamento ambiental da BR-319.
“Ministra Marina, que bom reencontrá-la. E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”, falou Plínio ao cumprimentar Marina. A ministra foi convocada para discutir a criação de uma unidade de conservação marinha no litoral norte, onde a Petrobras planeja realizar atividades de exploração de petróleo. Ela enfatizou que a proposta de conservação não tem como objetivo inviabilizar a exploração na área.
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Marina Silva também trouxe à tona os desafios que o Ibama enfrenta em relação à prospecção de petróleo na Foz do Amazonas, destacando a complexidade do processo de licenciamento. A autorização para a exploração na região é um assunto polêmico dentro do governo de Lula, gerando pressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sobre as decisões a serem tomadas. Em um desenvolvimento recente, o Ibama aprovou uma estrutura de resgate à fauna em Oiapoque, o que possibilita a realização de um teste de perfuração. Essa etapa é crucial, pois representa o último passo antes da análise final para a concessão da licença para o poço exploratório. Desde o início do governo, Marina tem enfrentado críticas de senadores, que frequentemente direcionam suas cobranças ao presidente Lula.

Em nota, a ministra Gleisi Hoffmann, prestou solidariedade a Marina Silva. Segundo a ministra da Secretaria das Relações Institucionais da Presidência da República, foi “inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério” e que eles foram “totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã”
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias