Zelenski cancela reunião com líderes da América Latina após risco de esvaziamento

O governo da Ucrânia decidiu cancelar uma reunião que o presidente Volodimir Zelenski havia agendado em Nova York com líderes da América Latina. A decisão foi tomada devido ao número insatisfatório de confirmações de presença. O encontro tinha como objetivo principal demonstrar apoio a Kiev na sua luta contra a Rússia e discutir a contribuição da América Latina na reconstrução da Ucrânia após o término do conflito.

Os ucranianos receberam poucas confirmações de presença. Uma delas foi a do presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo. Diante disso, a avaliação foi a de que o momento não era adequado e que era preciso evitar uma situação possivelmente interpretada como falta de apoio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava entre os convidados, mas Kiev já contava com a sua ausência.

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O petista sempre adotou distância de Zelenski, e suas declarações têm sido criticadas pela Ucrânia, como quando disse que os dois lados eram culpados pela guerra. Lula iniciou seu terceiro mandato com ambição de protagonizar algum papel de mediador no conflito, mas já nos primeiros meses foi alienado pelo Ocidente por declarações consideradas alinhadas ao discurso de Putin.

Em maio de 2023, Lula e Zelenski participaram como convidados da cúpula do G7 no Japão, mas uma aguardada reunião entre os dois não ocorreu. Em setembro daquele ano, os dois líderes se reuniram numa bilateral à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, mas o encontro não serviu para diminuir as desconfianças de ambas as partes.

O objetivo do encontro, segundo o governo ucraniano, era apresentar  informações sobre a guerra com a Rússia. “O evento será uma plataforma apropriada para que o presidente Zelenski apresente pessoalmente aos líderes da América Latina e do Caribe informações relevantes e confiáveis sobre a guerra lançada pela Federação Russa contra nosso país e sobre a necessidade de juntar forças na defesa de regras e princípios fundamentais da lei internacional, cuja violação também significa uma ameaça para a América e para o Caribe —também sobre a possibilidade de países da região participarem na reconstrução da Ucrânia após a guerra”, dizia a nota enviada aos convidados.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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