Crise da carne na China? Consumo no país asiático está mudando; entenda

O consumo de carne bovina na China está mudando! É o que apontou a mais recente pesquisa do Rabobank Global. A transformação é fruto, entre outros fatores, da desaceleração econômica pela qual o país de Xi Jinping vem passando. Para 2024, a expectativa é de crescimento de 5%, ante 5,2% em 2023. O crescimento mais lento mudou as perspectivas e está impactando a decisão do consumidor de carnes, agora mais sensível aos preços. Os chineses querem (1) busca por valor: consumidores tendem a preferir produtos de boa qualidade por preços acessíveis, ajustando as escolhas ao orçamento disponível; (2) mudança para cortes menos caros: músculo, peito e costela estão se popularizando. Além disso, (3) o interesse em produtos de luxo é declinante: carnes premium estão em queda, enquanto itens mais acessíveis ganham espaço.

Apesar dessas mudanças, o consumo de carne bovina na China cresceu a uma taxa anual de 3,2% entre 2013 e 2023, a mais rápida entre as proteínas terrestres. Esse crescimento, mesmo diante de um ritmo mais lento no aumento da renda, reflete uma contínua busca por proteínas de qualidade. Acompanhar as tendências de consumo na China é fundamental, já que na última década, o Brasil se consolidou como a principal origem da carne bovina consumida no país. O governo chinês anunciou nesta semana um pacote para estimular a economia. Mas, enquanto os efeitos práticos dessas medidas não chegam, os consumidores se adaptam às atuais condições econômicas, sem abrir mão da saúde e nutrição gerados pela carne brasileira.

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