Assalto forjado e suspensão por doping: Ryan Lochte ressurge em Paris

Imagine ter um vencedor de 12 medalhas olímpicas na torcida por esportistas que estão competindo em Paris-2024? Essa experiência é vivida pelos atletas americanos, que recebem o suporte do ex-nadador Ryan Lochte, vencedor de seis medalhas de ouro, três de prata e três de bronze em quatro edições das Olimpíadas.

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Nas redes sociais, usuários têm publicado “flagrantes” de Lochte torcendo pelos EUA e cumprimentando os competidores de seu país. O próprio ex-atleta têm publicado, em seu perfil no Instagram, vídeos em que acompanha provas olímpicas e visita pontos turísticos da capital francesa.

Is that Ryan Lochte coming to congratulate the American girls?? #Olympics pic.twitter.com/B3JRFzT8EG

— Daily Bravo 💌 (@dailybravomail) July 30, 2024

Quem é Ryan Lochte

O americano ingressou numa piscina olímpica pela primeira vez em 2004, nos Jogos de Atenas. Na Grécia, conquistou um ouro nos 200 metros por revezamento e uma prata nos 200 metros individuais. Em Pequim, quatro anos depois, foram mais quatro medalhas: duas de ouro e duas de bronze.

Nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, cinco medalhas — duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. No Rio de Janeiro, colocou mais um ouro na conta, totalizando doze medalhas.

Mas a glória derradeira em solo brasileiro perdeu espaço nas manchetes para uma polêmica fora das piscinas: Lochte forjou o relato de um assalto. Na ocasião, o americano afirmou que ele e três colegas de equipe foram assaltados por três homens armados ao deixar uma festa.

Após a investigação, a Polícia Civil concluiu que o relato era improcedente — na verdade, os atletas estavam embriagados quando pararam em um posto de gasolina e entraram em confronto com seguranças do local depois de vandalizar o banheiro.

Em uma vã tentativa de omitir o ocorrido, Lochte mentiu para as autoridades. Foi suspenso por dez meses das disputas esportivas pela federação de natação dos EUA, perdeu patrocínios e prestígio público.

Em maio de 2018, um novo revés. Depois de publicar uma foto em que recebe uma injeção em seu perfil numa rede social, Lochte recebeu uma punição ainda mais dura, da agência antidoping americana: 14 meses fora das piscinas. O medalhista não conseguiu retomar o nível competitivo.

Após cumprir as suspensões, ainda participou de competições nacionais de alto rendimento e afirmou que pretendia participar dos Jogos Olímpicos de 2021, mas perdeu a vaga para Tóquio nas seletivas.

Anos mais tarde, distante das polêmicas e vivendo com a família, Lochte segue praticando a natação, mas conseguiu cumprir seu objetivo de outra forma: como um fã do esporte.