Eleições em SP: polarização exige 100% do efetivo policial e até esquadrão antibomba

Se até nos debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo medidas de prevenção foram adotadas, como cadeiras fixadas no chão, troca de copos de vidro por acrílico e uso de detectores de metal para evitar que membros das equipes não entrassem armados, em relação à segurança nos colégios eleitorais na maior cidade do país, o foco da Polícia Militar paulista contará com diversas frentes para que as situações de violência vistas nos debates, não aconteçam entre os eleitores.

Nestas eleições, todo o efetivo da PM vai trabalhar para garantir a segurança. Nem mesmo os policiais que são do setor administrativo vão ficar de fora e devem atuar nos locais de votação e nas ruas para garantir o direito ao voto e escolta das urnas eletrônicas. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) estará de plantão com esquadrão antibombas e militares especialistas em resolução de conflitos, além do combate ao terrorismo. Afinal, a cidade de São Paulo concentra o maior colégio eleitoral do país, com 9.314.259 milhões de eleitores — quase o dobro dos 5.002.621 milhões da segunda maior cidade do Brasil, Rio de Janeiro. Justamente por causa de todo esse contingente, os policiais vão realizar a maior operação de todas. As eleições são a principal atuação da PM no Estado.

Os militares estarão de olho para evitar aglomeração de pessoas com roupas ou instrumentos de propaganda que identifiquem partido, coligação ou federação, o que é vedada pela legislação eleitoral. Também vão trabalhar para proibir a manifestação ruidosa ou coletiva, a abordagem, aliciamento e utilização de métodos de persuasão ou convencimento do eleitorado, bem como a distribuição de camisetas. E essa visualização não se dará somente pelo efetivo em solo. No ar, 20 drones, além de 10 helicópteros Águia, também serão usados neste domingo (6). A Secretaria de Segurança Pública não especificou qual será o efetivo de militares na capital paulista, mas em todo o Estado serão cerca de 80 mil PMs.

Brasil

O aumento da violência política tem sido a principal preocupação da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia. Neste sábado (5), ela fará um pronunciamento em apelo por paz nas eleições. A Polícia Federal já instaurou mais de 600 inquéritos para investigar crimes ocorridos durante o período eleitoral. As investigações começaram em 16 de agosto, quando teve início a campanha. Isso representa uma média de 13 novas apurações por dia. E o trabalho da PF também contará com o uso de drones. No dia da votação serão usados 95 equipamentos.

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