Delfim Netto, economista, professor e ex-ministro da Fazenda, morreu nesta segunda-feira, 12, aos 96 anos de idade, em São Paulo. Ele estava internado desde a última segunda-feira, 5, no Hospital Israelita Albert Einstein, em decorrências de complicações no seu quadro de saúde. Ele deixa a esposa, Gervásia Diório, a filha, Fabiana Delfim, e o neto, Rafael.
Políticos e autoridades dos Três Poderes lamentaram a morte do economista. Veja abaixo:
- Tarcisio de Freitas, governador de São Paulo
“O Governo do Estado de São Paulo presta homenagens a Antonio Delfim Netto, que faleceu aos 96 anos de idade nesta segunda-feira (12). Professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), o economista foi um grande servidor público, como ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura em diversas gestões. Em São Paulo, atuou como secretário da Fazenda na década de 60.”
“Também foi diplomata, deputado federal por 20 anos por São Paulo e escritor. Tem mais de dez livros publicados, além de artigos acadêmicos e pesquisas científicas. Nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos e agradecimento a toda a sua contribuição para a vida dos brasileiros.”
- Mauricio Neves (PP-SP), deputado federal e presidente estadual do partido
Meus sentimentos aos familiares do ex-deputado federal, ministro da fazenda, agricultura e do planejamento, Antônio Delfim Neto.
Ele foi filiado ao @Progressistas11 e deixou um grande legado ao Brasil. 🙏 pic.twitter.com/gXQjQAoP1o— Mauricio Neves (@MauricioNeves_) August 12, 2024
- Renato Casagrande, governador do Espírito Santo
Hoje nos despedimos do ex-ministro da Fazenda, Antônio Delfim Netto, uma das figuras mais importantes da história do Brasil. Suas formulações econômicas foram sempre muito relevantes e consideradas. Meus sentimentos aos seus familiares e amigos.
— Renato Casagrande 40 (@Casagrande_ES) August 12, 2024
Biografia
Descendente de imigrantes italianos, Antônio Delfim Netto nasceu no bairro do Cambuci, em São Paulo, e fez parte da terceira turma de estudantes de Economia da Universidade de São Paulo (USP).
Elegeu-se deputado por 5 vezes consecutivas e atuou como professor universitário na USP, nas Faculdades de Economia, Administração e Contabilidade.
Teve um papel de grande relevância nos anos da Ditadura no Brasil. Foi ministro da Fazenda dos governos militares de Costa e Silva (1967-1969) e Médici (1969-1973), e ministro da Agricultura do governo Figueiredo (1979-1984). Nessa gestão, também atuou como secretário do Planejamento e controlou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central.