O Irã negou nesta segunda-feira (5) ter apoiado os huthis do Iêmen em sua ofensiva contra Israel, depois que os rebeldes reivindicaram um ataque com mísseis no domingo contra o principal aeroporto internacional do país, perto de Tel Aviv.
“As ações dos iemenitas em apoio ao povo palestino foram uma decisão independente derivada de seu sentimento de solidariedade”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Irã em um comunicado, que rejeita as ameaças de Israel.
“O Irã ressalta (sua) firme determinação de defender-se”, acrescenta o comunicado da diplomacia iraniana, que alerta Israel e Estados Unidos sobre as “consequências” de um eventual ataque.
O Irã é o principal apoio dos huthis que controlam uma parte importante do território do Iêmen, cenário de uma guerra civil desde 2014.
No domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou represálias contra o Irã por apoiar os huthis, que no domingo dispararam um míssil que caiu dentro do perímetro do aeroporto de Tel Aviv.
“Os ataques dos huthis procedem do Irã. Israel responderá ao ataque dos huthis contra nosso principal aeroporto (…) no momento oportuno e no local que escolhermos, contra seus chefes terroristas iranianos”, declarou Netanyahu.
O ataque contra o aeroporto de Tel Aviv no domingo deixou seis feridos e provocou uma breve interrupção do tráfego aéreo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu governo ameaçaram nos últimos meses o Irã por seu apoio aos huthis.
Segundo os huthis, os Estados Unidos bombardearam nesta segunda-feira uma dezena de alvos em Sanaa e suas imediações.
O Ministério da Saúde dos rebeldes informou que 14 pessoas ficaram feridas no bairro de Sawan.
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