STF deve levar 2 dias para julgar denúncia contra kids pretos, último núcleo do golpe

O STF deve julgar em dois dias a denúncia contra o último núcleo da tentativa de golpe. Como são 12 acusados, será necessário mais tempo do que os núcleos anteriores para os advogados se manifestaram no plenário da Primeira Turma. As sessões ocorrerão na terça e na quarta-feira, dias 20 e 21.

A tendência é que o tribunal abra mais uma ação penal para apurar a trama golpista, completando 33 réus. A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) atingiu 34 pessoas. Ficará faltando abrir ação penal apenas contra o empresário Paulo Figueiredo, que mora nos Estados Unidos.

O grupo de acusados que estará em foco na sessão de amanhã é o núcleo operacional, com militares das Forças Especiais, conhecidos como“kids pretos”. Os acusados teriam operacionalizado o plano “Punhal Verde Amarelo”, que consistia no assassinato do presidente Lula; do vice, Geraldo Alckmin; e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na semana passada, a Polícia Federal enviou ao STF áudios captados do agente da PF Vladimir Matos Soares, acusado de participar do plano. Nas gravações, ele anunciou que a intenção era “matar meio mundo de gente”. Soares teria atuado como infiltrado na equipe de segurança de Lula e está preso desde novembro do ano passado.

De acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República), os “kids pretos” realizaram o direcionamento de manifestações populares após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas.

“Os movimentos populares eram encorajados por ações previamente calculadas da organização criminosa. As manifestações realizadas não eram orgânicas, os locais escolhidos não eram acidentais, mas fruto de direcionamento pelos denunciados, especialmente pelos militares com formação em Forças Especiais, que estavam em constante interlocução com as lideranças populares”, diz a denúncia.

Dentre as mobilizações listadas pela PGR estão os acampamentos erguidos diante de unidades militares no país, inclusive o Quartel-General do Exército, em Brasília. Também foram citados bloqueios em rodovias e outras manifestações clamando por intervenção militar com o objetivo de descumprir o resultado da eleição.

Até a semana passada, nenhum integrante dos “kids pretos” havia solicitado oficialmente ao STF autorização para acompanhar presencialmente a sessão de julgamento na Primeira Turma.

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