Ex-presidentes são impedidos de entrar na Venezuela

O presidente do Panamá, José Raul Molino, revelou que um avião transportando ex-presidentes latino-americanos, que se dirigiam à Venezuela para atuar como observadores na eleição deste domingo (28), foi impedido de decolar devido a um bloqueio do espaço aéreo venezuelano. A informação foi divulgada pelo próprio presidente panamenho em suas redes sociais. A Venezuela decretou o fechamento de suas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas a partir da meia-noite de sexta-feira (26), justificando a medida como uma tentativa de manter a segurança e proteger a eleição presidencial. A oposição venezuelana informou que na aeronave estavam os ex-presidentes Jorge Quiroga, da Bolívia, Vicente Fox, do México, Marta Lucía Ramírez, da Colômbia, e Miguel Ángel Rodríguez, da Costa Rica. No início da semana, o ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil desistiram de enviar observadores para o pleito.

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A decisão alimenta preocupações sobre a lisura e transparência das eleições, embora o presidente Nicolás Maduro afirme que a Venezuela possui o sistema eleitoral mais transparente do mundo. A medida de fechamento das fronteiras e o bloqueio aéreo são vistos como tentativas de impedir a observação internacional do processo eleitoral. A comunidade venezuelana no exterior também enfrenta dificuldades para votar, com embaixadas fechadas e exigências burocráticas impedindo o acesso às urnas. A decisão do governo brasileiro de enviar um representante, Celso Amorim, foi criticada, enquanto a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, foi elogiada por decidir não enviar observadores.

 

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