Itália nega acordo com SpaceX após reunião entre Meloni e Trump

ROMA, 6 JAN (ANSA) – O governo italiano disse nesta segunda-feira (6) que a premiê Giorgia Meloni não discutiu nenhum contrato ou acordo entre o país e o programa de satélites SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, durante seu encontro com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida.   

A informação foi divulgada em nota pelo Palazzo Chigi, sede do governo em Roma, após a “Bloomberg” revelar que a premiê italiana estaria em negociações avançadas com a SpaceX para que a empresa forneça serviços de comunicação e internet.   

Segundo a publicação, o acordo terá custo de 1,5 bilhão de euros aos cofres italianos e duração de cinco anos. A iniciativa envolve um sistema criptografado de alto nível para redes telefônicas governamentais e serviços de Internet e de satélite para emergências, além de comunicações militares. O relatório, que cita fontes não identificadas, destaca ainda que o acordo final ainda não foi firmado, mas o projeto já teria sido aprovado pelos serviços de inteligência da Itália e pelo Ministério da Defesa.   

Em comunicado oficial, o governo italiano descreveu o documento como “ridículo” e negou “que tenham sido assinados contratos ou celebrados acordos” com a empresa SpaceX para a utilização do sistema de comunicações por satélite Starlink.   

“As discussões com a SpaceX fazem parte das investigações normais que o aparelho do Estado tem com as empresas, neste caso, com aquelas que lidam com ligações protegidas para necessidades de comunicação de dados criptografados”, acrescenta.   

O Palazzo Chigi reforça ainda que “a própria Presidência do Conselho nega ainda mais categoricamente, por considerar simplesmente ridícula, a notícia de que o tema SpaceX foi discutido durante a reunião com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump”.   

A informação veio à tona após Meloni fazer uma visita surpresa ao republicano em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, antes de sua posse como presidente dos EUA, em 20 de janeiro, o que teria acelerado o plano. Na ocasião, inclusive, a premiê italiana disse que estava pronta para trabalhar com Trump.   

(ANSA).   

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