Juliette fala da dificuldade de aceitar fama após BBB: “Assustador”

A cantora, maquiadora e influenciadora Juliette Freire, 35, viu a vida mudar do dia para a noite quando se tornou campeã do Big Brother Brasil. Com quase 30 milhões de pessoas acompanhando sua rotina, a fama repentina ainda surpreende.

No quarto e último episódio de “BBB: O Documentário – Mais que uma espiada“, exibido na última sexta-feira (10), ela desabafou sobre a rejeição na casa e um susto dque viveu ao deixar o programa.

Natural de Campina Grande, na Paraíba, ela trabalhava como advogada e maquiadora antes de ser selecionada para o elenco do BBB 21. “Trabalhar no salão me ajudou a entender que o meu carisma era algo atraente e que, se um dia eu fosse a um reality, iria provocar essa sensação de carinho que eu provocava nos meus clientes”, começou.

“Porém, quando entrei, me senti rejeitada. Esse meu comportamento eufórico deixou as pessoas incomodadas. Elas me olhavam de lado e não falavam comigo, o que significava que quem eu era não existia, que as pessoas não gostavam tanto assim de mim”, lembrou a ex-sister, que passou a duvidar de suas qualidades.

“A minha autoestima acabou. Me sentia feia, me olhava no espelho e não me reconhecia, sequer me arrumava. Fui me perdendo de mim”. Enquanto se sentia excluída, ela ganhou uma legião de seguidores fora das telas, os mesmos que, algumas semanas depois, a consagrariam vencedora do BBB 21.

“Lembro da sensação e da decisão de ligar o f*da-se. Aquilo tirou um peso das minhas costas e deixei de ligar se as pessoas estavam gostando ou não, se aquilo seria suficiente. E foi suficiente”, comemorou.

Assim que deixou o confinamento, ela teve dificuldade de entender a fama repentina. “Ali era o início de uma vida de muitos desafios. Você se despede muito rápido de quem era e da vida que tinha para então conhecer quem você vai ser”, explicou.

Me enxergar como essa Juliette famosa, fenômeno, foi um pouco assustador. Era muita emoção, não conseguia suportar. Em uma hora, eu conhecia Gilberto Gil, em outra estava na TV falando com Faustão, na próxima com Anitta. Comecei a controlar para não surtar e acabei um pouco apática”.

No documentário, Juliette também falou sobre um susto que passou em 2022. “Tinha entado no BBB pra fazer a cirurgia da minha mãe que custava R$ 200 mil. Era tudo o que eu queria ganhar. Ela tinha que fechar um buraquinho no coração. Mas, quando fui falar com a médica, fiz exames e descobri que tinha um aneurisma cerebral igual ao da minha irmã [Julienne, que morreu aos 17 anos] e precisaria operar”.

“Ali, a sensação era de ‘entendi tudo, Deus, era muito bom para ser verdade’. Ao mesmo tempo, para a internet e para a TV estava tudo ótimo, como um conto de fadas. Às vezes, você tem tudo e nada faz sentido de fato. Nunca sabemos o que o outro está vivendo”, destacou. Apesar da preocupação, ela foi operada e descobriu que, na verdade, não se tratava de um aneurisma — a real condição não foi revelada pela cantora, que afirmou que o problema “sumiu”.

Com direção de Bruno Della Latta, o documentário exibido ao longo desta semana investigou a fama do programa que passou a ser queridinho dos brasileiros. Em quatro episódios, ex-brothers e sisters lembraram suas participações e falaram sobre o impacto do reality show em suas vidas.

BBB 25 estreia no dia 13 de janeiro e será apresentado por Tadeu Schmidt. Os participantes, que foram selecionados em duplas, incluem a influenciadora Vitoria Strada e o amigo Mateus Pires, a musa fitness Gracyanne Barbosa e a irmã Giovanna, o ator Diogo Almeida e a mãe Vilma e os ginastas Diego Daniele Hypolito. Confira aqui a lista completa.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Juliette fala da dificuldade de aceitar fama após BBB: “Assustador” no site CNN Brasil.

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