Criptomoedas: bitcoin recua, e volta a ficar abaixo de US$ 100 mil, com cautela por tarifas

O bitcoin recuou na sessão desta quarta-feira, 5, ficando abaixo de US$ 100 mil, em um cenário de cautela diante das repercussões das disputas tarifárias desencadeadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dia contou anda com relevantes quedas em ações de tecnologia, o que, com alguma frequência, vem atrelado ao movimento do mercado de criptomoedas.

O bitcoin era negociado a US$ 97.392,72, em queda de 1,93% nas 24 horas até 17h (de Brasília), segundo a Binance. Já o ethereum recuava 0,57%, a US$ 2.775,18.

Para Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista cripto do Bitybank, “o cenário macroeconômico foi um dos principais catalisadores para a forte correção das criptomoedas nesta semana. A imposição de tarifas pelos EUA sobre importações do México, Canadá e China aumentou temores de uma guerra comercial global, levando investidores a evitarem ativos de risco”.

“A apreensão dos investidores com esse ambiente de incerteza os levou a buscar ativos mais seguros, resultando em uma venda generalizada no mercado cripto. As liquidações acontecem naturalmente e chegaram a níveis recorde. Além disso, a volatilidade no mercado de ações também contribuiu para o sentimento de aversão ao risco, refletindo-se diretamente na queda das criptomoedas”, aponta.

“Para completar, o fundo de hedge Elliott Management alertou para uma possível bolha especulativa, sugerindo que o apoio da administração Trump ao setor poderia estar inflando os preços artificialmente. Esse conjunto de fatores criou uma tempestade perfeita, acelerando liquidações e impulsionando a correção do mercado”, conclui.

Segundo a Bloomberg, a BlackRock está se preparando para listar um produto negociado em bolsa vinculado diretamente ao bitcoin na Europa, seguindo o sucesso de seu ETF dos EUA de US$ 58 bilhões que acompanha a criptomoeda. O fundo provavelmente será domiciliado na Suíça, de acordo com fontes. A BlackRock poderia começar a comercializar o fundo já neste mês, disse uma pessoa.

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