Viviane Batidão sobre nacionalizar o tecnomelody: “Trabalho de formiguinha”

A cantora Viviane Batidão, 41, afirmou, em entrevista à CNN, que a tarefa de nacionalizar o tecnomelody — ritmo tipicamente paraense — é longa e complexa. A voz de “Olha Bem Pra Mim” e “Haja Paciência” foi ganhou mais visibilidade após ser levar a categoria Brasil do Prêmio Multishow 2024, que premiava destaques regionais da música brasileira, representando o Pará.

A artista participou do Numanice de Ludmilla e de um show de Alok em Belém, além do Ensaios da Anitta em São Luís. Para Viviane, que canta desde os 23 anos, essas são evidências da força que seu nome ganhou nos últimos meses. Confira aqui a lista de vencedores do Prêmio Multishow 2024.

“Desde o reconhecimento do prêmio, tenho percebido sinais de que as pessoas de outras partes do Brasil estão mais ligadas no tecnomelody. Mostrar para outras regiões um ritmo que já é tão conhecido aqui no Pará é um trabalho de formiguinha, mas é o meu foco no momento”, explicou.

“Com o meu trabalho e a minha música, espero que as pessoas passem a reconhecer o Pará como um verdadeiro polo cultural, e que se aprofundem cada vez mais na nossa rica cultura do Norte e na energia singular do povo paraense.”

Viviane quer ainda mais visibilidade para os artistas paraenses, para que mais músicos possam atingir o patamar atingido por alguns dos grandes nomes da música do estado, como Fafá de Belém e Joelma — citada por ela em entrevista à CNN. Ela recomenda que os interessados em mergulhar ainda mais na música do Pará ouçam as bandas Fruto Sensual e Xeiro Verde, que foram suas referências, e Zaynara, grande revelação paraense.

“Quero ver agora essa história se multiplicando! A gente tem uma cena musical tão rica e tão cheia de talento que é impossível não ver mais espaço e respeito para todos nós. Claro, sempre tem aquele preconceito, aquele privilégio pras áreas mais hegemônicas, mas estou lutando para que isso mude. A gente vivencia um pouco de xenofobia, mas tem gente que não conhece mesmo”, declarou a cantora.

Viviane Batidão deve lançar álbum ainda no primeiro semestre

Viviane Batidão lançou, na noite de quarta-feira (5), uma colaboração com a cantora pernambucana Mara Pavanelly chamada “Não Deixei de Amar”. Muito forte no forró e, portanto, no Nordeste, Mara surge como um elemento importante de união entre as duas regiões na intenção de expandir o tecnomelody paraense para o resto do país.

“A Mara é uma fera do forró, e eu venho do tecnomelody, uma música eletrônica produzida na Amazônia, que é muito forte na minha região e queremos expandir esse ritmo para outros lugares do Brasil. A união das nossas culturas, vozes e histórias está incrível”, conta Viviane. “A letra fala daquele amor que a gente tem que cuidar, se não ele vai embora, sabe? E é uma história verídica, inspirada em experiências de amigas. Muita gente vai se identificar!”

À CNN, a artista não deixou explícito se a nova música fará parte do seu próximo álbum, que deve ser lançado entre abril e maio. “Não Deixei de Amar” visa atender ao pedido dos fãs de Viviane por novas músicas, enquanto o disco deve ser focado em seu projeto de nacionalização.

“Depois, eu vou lançar mais um single enquanto eu faço os últimos preparativos para o novo álbum, que é mais focado para o Brasil.”

Ouça “Não Deixei de Amar”, de Viviane Batidão e Mara Pavanelly

Veja as músicas que marcaram cada estação de 2024

Este conteúdo foi originalmente publicado em Viviane Batidão sobre nacionalizar o tecnomelody: “Trabalho de formiguinha” no site CNN Brasil.

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