Fuzis, dinamites e munições: veja o que teria sido apreendido com foragido que matou policial do Bope em ação


Segundo o delegado, para deixar cômodo e fugir dos disparos do criminoso, os policiais tiveram que derrubar uma das paredes da casa. Além das armas, também foram apreendidos carregadores e dinamites. Policial do Bope morto em operação e armas apreendidas em Niquelândia, Goiás
Divulgação/Polícia Militar
Fuzis, dinamites e cerca de 700 munições teriam sido apreendidos com o foragido que matou o policial do Bope, cabo Paulo Vitor Coelho de Campos, de 32 anos, na última terça-feira (11). De acordo com o delegado Adriano Melo, entre as armas apreendidas, estaria uma que pertence ao dono da propriedade onde o criminoso vivia.
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O caso ocorreu na zona rural de Niquelândia, região norte de Goiás. Fotos divulgadas pela Polícia Militar após a operação mostram parte das armas apreendidas. Entre elas, está um rifle de precisão, um revólver, dois fuzis, duas espingardas e uma carabina. Além das armas, também há diversos carregadores, dinamites e dois coletes (veja na imagem acima).
Em entrevista ao g1, o delegado conta que os policiais foram recebidos a tiros já no interior da casa. Com a rajada dos disparos, um deles foi atingido de raspão, e o outro foi baleado em cheio e acabou morrendo no local. Ainda segundo o delegado, para deixar o cômodo, os policiais tiveram que derrubar uma das paredes da casa.
“O indivíduo efetuou disparos de fuzil, então eles não queriam se expor passando pela porta da casa”, declarou.
Segundo a polícia, o foragido, Fábio Bernardo dos Santos, seria gerente na propriedade onde também era morador. Ele estaria vivendo no local há cerca de quatro anos, junto com a enteada e a esposa, que foram mantidas reféns durante a troca de tiros.
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De acordo com o delegado, o dono da propriedade foi conduzido e autoado por porte ilegal de arma de fogo. Segundo ele, a arma do dono do imóvel, que estava entre as apreendidas, é legalizada, mas estava fora da residência em que foi registrada no documento de posse.
Como o nome do proprietário do imóvel não foi divulgado, o g1 não conseguiu contato com a defesa.
Comportamento do criminoso
Foragido que matou policial e fez a própria família refém é morto em Niquelândia, Goiás, diz PM
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo o delegado, apesar da longa ficha criminal, que incluia passagens por homicídio, roubo e porte ilegal de arma de fogo, Fábio estaria vivendo uma vida comum no local. De acordo com ele, não há indícios de que o foragido sequer mentisse sobre o próprio nome.
Além disso, o delegado conta que a propriedade ficava em uma área de difícil acesso, e o criminoso quase não visitava a zona urbana de Niquelândia. Ele também destaca que, como Fábio vivia com a esposa e a enteada, o homem não levantava suspeitas sobre seus crimes.
“Ele tinha uma esposa, uma enteada. Se apresentava como uma pessoa de bem. Ninguém que convivia com ele, até o momento, narrou que ele tinha um comportamento diferente, fora do normal”, afirmou.
Agora, devido a quantidade de armas e munições apreendidas, a polícia também investiga se o homem estaria escondendo o material para algum grupo criminoso, ou se planejava cometer um crime na região.
Entenda o caso
Policial do BOPE morto em operação na zona rural de Niquelândia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo a polícia, o atirador de elite e membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Paulo Vitor Coelho Campos, de 32 anos, foi baleado e morto durante uma operação para cumprir um mandado de prisão contra o foragido da Justiça do Estado da Bahia, Fábio Bernardo dos Santos, na manhã da última terça-feira (11).
De acordo com as informações, ao perceber a chegada dos policiais, o criminoso atirou diversas vezes contra os envolvidos, mantendo a própria esposa e enteada como reféns no interior da casa onde morava, na zona rural de Niquelândia.
Ainda segundo a polícia, no interior da casa foram apreendidos diversas armas, munições e explosivos que estariam com o criminoso.
Uma apuração feita pela TV Anhanguera revelou que Fábio tinha passagens por cinco homicídios, roubo a instituição financeira e porte ilegal de arma de fogo, tendo sido condenado a 7 anos e 11 meses de prisão pelos dois últimos crimes citados em 2023, o qual estava foragido.
Em nota, a Polícia Militar diz que, como o criminoso não cedeu as negociações e “diante da ameaça cada vez maior de violência contra as vítimas”, ele foi atingido e também morreu no local.
Armas apreendidas pela polícia após operação que terminou com a morte de criminoso e policial, em Goiás
Divulgação/Polícia Militar
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