Gestoras de crédito elevam caixa diante de cenário com prêmios mais baixos

Fundos de crédito começaram o ano com suas fatias de caixa maiores na comparação com o ano passado, uma vez que os ativos estão com spreads (prêmios) menores, com a seletividade se mostrando cada vez mais relevante.

A avaliação se deu durante um painel do Smart Summit, evento apresentado pela InvestSmart e pela AZ Quest, e que acontece nesta quinta-feira (13) no Rio de Janeiro.

“Passamos a ter mais caixa no fundo. Ano passado, o caixa era em torno de 20% do PL (patrimônio líquido), agora aumentamos para 30%.

Além disso, o duration foi encurtado e estamos 100% alocados em crédito bancário high grade, onde vemos que o risco retorno faz mais sentido”, afirmou Ricardo Ventrilho, head da área de Relacionamento com Investidores (RI) da Mapfre Investimentos. “É um mercado que vai ficar mais seletivo, mais difícil para o gestor. E é importante ter caixa para aproveitar oportunidades quando aparecerem.”

O caixa também foi aumentado nos fundos da BNP Paribas Asset Management, segundo o líder de crédito Henri Rysman. Ele observa que essa movimentação defensiva é necessária diante da nova configuração da Selic – que ele diz que pode chegar a 16% ao ano -, e da reprecificação dos ativos locais, como já foi visto em dezembro.

“Temos nos afastado das emissões amassadas e buscado alternativas”, afirma Rysman, acrescentando que, na gestora, a equipe faz isso dentro do high grade, evitando cair na tentação dos spreads vistos no high yield.

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