Japão utilizará reservas estratégicas de arroz para conter aumento dos preços

O governo do Japão vai desbloquear suas reservas estratégicas de arroz para conter o aumento persistente dos preços do alimento, fundamental para a culinária do país.

Como os Estados Unidos no caso do petróleo, o Japão possui há quase 30 anos reservas de arroz para situações de emergência, que incluem colheitas abaixo do esperado, desastres meteorológicos ou terremotos.

Porém, esta é a primeira vez que o governo recorre às reservas devido às pressões no preço deste cereal indispensável nas residências do arquipélago.

Uma colheita ruim em 2023 e problemas nos circuitos de distribuição em 2024 provocaram uma alta do preço do arroz em dezembro de 64,5% em ritmo anual, um recorde em quase meio século.

Segundo um relatório governamental divulgado este mês, o preço médio final de um saco de cinco quilos era de 3.688 ienes (138 reais), contra 2.023 ienes (76 reais) um ano antes.

Diante do cenário, o ministro da Agricultura, Taku Eto, anunciou nesta sexta-feira que o governo disponibilizará ao mercado quase 210.000 toneladas de arroz (10% do consumo nacional) procedentes das reservas.

O Japão aprovou uma lei em 1995 para criar um fundo estratégico de arroz depois que uma colheita abaixo do esperado dois anos antes provocou uma grave escassez e levou os cidadãos a formar filas nos supermercados.

Em um primeiro momento, o governo só poderia recorrer ao fundo em caso de colheita ruim ou catástrofe, mas uma nova regulamentação aprovada em janeiro permite utilizar as reservas em caso de problemas na distribuição.

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